Uma cápsula espacial da Nasa com a maior amostra já coletada da superfície de um asteroide chegou em Utah, nos Estados Unidos, no último domingo. O material pode fornecer informações valiosas sobre os primeiros dias do sistema solar, há 4,5 bilhões de anos, e as possíveis origens da água na Terra. Agora, cientistas irão analisar os fragmentos.
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A Nasa estima que a amostra, recolhida em 2020 durante a missão Osiris-Rex, contenha cerca de 250 gramas de material coletado do Bennu, um asteroide próximo ao planeta. Esta é a terceira e maior amostra de asteroide já trazida para análise, superando as duas missões semelhantes realizadas pela agência espacial japonesa em 2010 e 2020.
Bennu é um asteroide rico em carbono e que foi descoberto em 1999. A rocha é classificada como um “objeto próximo à Terra” porque passa relativamente perto do planeta a cada seis anos. Apesar disso, as chances de um impacto são consideradas remotas. Considerado pequeno, Bennu mede apenas 500 metros de diâmetro, o que o torna pouco mais largo que o Empire State Building, em Nova York.
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Relíquia do início do sistema solar, o asteroide pode conter indicativos sobre as origens e desenvolvimento de planetas rochosos como a Terra. Isso porque sua química e mineralogia atuais estão praticamente inalteradas desde que se formou, e ele pode conter até moléculas orgânicas semelhantes às necessárias para o surgimento de micróbios.
Em 2020, a missão japonesa Hayabusa 2 recuperou amostras de outro asteroide próximo à Terra, o Ryugu. Após análises, cientistas descobriram que o material continha dois compostos orgânicos — o que reforçou a hipótese de que objetos celestes como cometas, asteroides e meteoritos que bombardearam o planeta semearam o local com ingredientes essenciais para a vida.
Naquela ocasião, a amostra recolhida foi de apenas 5 gramas. Agora, a Nasa planeja anunciar os primeiros resultados de seus estudos em uma conferência realizada no dia 11 de outubro.