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Colômbia estende quarentena nacional até o dia 25 para tentar conter o coronavírus

No Peru, governo opta por probir o retorno das aulas presenciais em 2020 para frear o avanço da pandemia
Funcionário de fábrica tem a temperatura conferida antes de começar mais um dia de trabalho na Colômbia Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP
Funcionário de fábrica tem a temperatura conferida antes de começar mais um dia de trabalho na Colômbia Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP

BOGOTÁ E LIMA — A Colômbia estenderá por mais duas semanas, até o próximo dia 25, a quarentena nacional para conter a transmissão do novo coronavírus, afirmou o presidente Iván Duque nesta terça-feira. Ele anunciou também que outras atividades econômicas, além da construção civil e das fábricas, serão gradualmente restauradas.

É a terceira vez que o presidente prolonga o isolamento preventivo obrigatório, declarado inicialmente de 25 de março a 12 de abril.

— Hoje, mais do que nunca, precisamos recuperar um espaço de vida cada vez mais produtivo, mas fazemos isso com a responsabilidade de continuar protegendo a vida e protegendo a saúde — disse Duque em um discurso televisionado.

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Duque destacou que alguns setores industriais, revendedores de automóveis, lojas de móveis, de artigos de papelaria, de livrarias e lavanderias, que cumpram os protocolos de segurança, poderão retomar as atividades.

— Isso mostra que estamos tomando medidas como um país, responsável por reativar nossa economia e, ao mesmo tempo, salvando vidas e protegendo a saúde — destacou Duque.

Além disso, a partir da próxima segunda-feira, jovens entre seis e 17 anos poderão deixar suas casas três vezes por semana, durante meia hora por dia, na companhia de um adulto que não faça parte da população de alto risco. Até o momento, de acordo com dados mais atualizados da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, a Colômbia tem mais de 7,9 mil casos confirmados da Covid-19, com mais de 350 mortes.

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Peru exclui aulas presenciais em 2020

Já o Peru optou por uma decisão radical para tentar enfrentar a pandemia. Nesta terça-feira, o presidente peruano Martín Vizcarra descartou que faculdades e universidades poderiam recomeçar as aulas presenciais ainda este ano devido à magnitude da crise da Covid-19 no país, o segundo mais contagioso da América do Sul, atrás apenas do Brasil.

De acordo com a Universidade John Hopkings, o Peru contabiliza mais de 50 mil pessoas com o novo coronavírus e mais de 1.400 mortes. O alto número de casos confirmados, com uma letalidade proporcionalmente menor do que a de outros países, é atribuída ao alto número de testes feitos.

— O que está absolutamente claro é que, em curto e médio prazo, as aulas não serão presenciais. Elas ainda permanecerão à distância — afirmou Vizcarra.

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O governante reiterou que, tanto a educação de crianças em idade escolar quanto a de universitários, deve ser feita através de aulas virtuais na internet, rádio e televisão.

— Os estudantes técnicos, universitários, iniciais e primários e secundários, terão que fazer aulas de longa distância — acrescentou ele durante uma conferência de imprensa virtual.