Mundo Coronavírus

Coronavírus: Argentina suspende voos comerciais até 1º de setembro

Medida pode deixar milhares de pessoas desempregadas, segundo associações da indústria aérea
Argentina cancelou voos comerciais até 1º de setembro por causa da pandemia do novo coronavírus Foto: JUAN MABROMATA / AFP
Argentina cancelou voos comerciais até 1º de setembro por causa da pandemia do novo coronavírus Foto: JUAN MABROMATA / AFP

RIO — A Argentina suspendeu todos os voos comerciais, tanto nacionais como internacionais, até 1º de setembro por causa da pandemia do novo coronavírus . As autoridades disseram que as companhias aéreas não devem vender passagens para os próximos quatro meses, segundo a emissora britânica BBC. O país já havia fechado suas fronteiras, em março, para não residentes.

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Nesta segunda-feira, a Administração Nacional de Aviação Civil do país publicou um decreto proibindo que as empresas aéreas vendam passagens para voos comerciais que cheguem ou saiam da Argentina. A agência ainda informou que o ato foi feito para prevenir que as companhias comercializem bilhetes sem aprovação das autoridades argentinas. De acordo com a publicação, a data de 1º de setembro é considerada "razoável" para a medida.

Associações de aviação afirmaram que, como consequencia da proibição,  milhares de pessoas podem perder seus empregos. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) enviou uma carta ao governo da Argentina dizendo que a decisão coloca em risco os empregos de 300 mil pessoas no país, além de violar acordos bilaterais. Já a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) alegou que o decreto "não foi acordado com a indústria".

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Extensão da quarentena

Neste sábado, o governo argentino já havia extendido a quarentena até 10 de maio — o isolamento social na Argentina começou em 20 de março. Segundo o presidente Alberto Fernández, o país entrou em um estágio "diferente" na luta para enfrentar a pandemia de coronavírus. A partir de agora, saídas diárias de uma hora perto de casa serão permitidas.

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O presidente disse que a Argentina “já cumpriu alguns objetivos que estabeleceu”, mas que “ainda está no meio de uma pandemia que assola o mundo”.

— Aqui, não foi tão grave, por tudo o que nós argentinos fizemos. Mas a pandemia também gera outros conflitos, conflitos econômicos, e estamos muito conscientes disso — acrescentou.