RIO — Os corpos de três alpinistas foram encontrados nesta segunda-feira, no monte K2, no Paquistão. Eles integravam uma expedição que subia a montanha em fevereiro deste ano. Desde então, o chileno Juan Pablo Mohr e os paquistaneses Ali Sadpara e John Snorri estavam desaparecidos. A ação de buscas e resgate foi liderada pelo filho de Ali, Sajid Sadpara.
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A expedição de resgate aproveitou este momento de verão paquistanês, quando as temperaturas são menos agressivas, embora a escalada da segunda montanha mais alta do mundo nunca seja uma missão simples. Sajid Sadpara havia sido o último a ter contato visual com o trio, antes do paradeiro. A escalada aconteceu no dia 5 de fevereiro e, durante o trajeto, um contratempo fez com que parte da equipe se dividisse, levando o trio a seguir sozinho.
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Em uma postagem em seu perfil no Twitter, Sajid anunciou, no último dia 16 de julho, que estava subindo com um novo grupo “o percurso das encostas mais altas” da montanha, com tempo limpo. Quatro dias depois, em 20 de julho, ele contou que a equipe voltava ao acampamento montado no monte, sem pistas e com a piora do cima. Neste sábado, a escalada foi retomada, com a ajuda de drones, em uma altitude “acima de 8000m”.
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— Tenho esperança de encontrar rastros e respostas — escreveu Sajid Sadpara, naquele dia.
A família do chileno Juan Pablo Mohr aguardava, enquanto a nova expedição acontecia, ao pé da montanha, acompanhando as notícias, segundo o La Cuarta. A outro veículo chileno, o La Tercera, Federico Scheuch, primo de Mohr, já havia afirmado que estaria no Paquistão ao fim das buscas.
Os dois primeiros corpos foram encontrados nas encostas superiores da montanha K2, em um setor conhecido como gargalo. Já o terceiro, foi resgatado mais tarde. A notícia foi confirmada pelo primo de Mohr, por meio de um post em suas redes sociais.
— É um alívio, mas ainda é muito difícil para todos — afirmou Federico Scheuch.