Eleições EUA
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Por O Globo, com agências internacionais — Washington

RESUMO

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GERADO EM: 21/06/2024 - 10:12

Trump supera Biden em arrecadação

Trump supera Biden em arrecadação após condenação por suborno, recebendo US$ 50 mi de doador bilionário. Campanha republicana recebeu US$ 141 mi em maio. Biden arrecadou US$ 85 mi.

O ex-presidente dos EUA e candidato Republicano à Casa Branca, Donald Trump, superou o presidente Joe Biden em arrecadação de fundos de campanha pelo segundo mês consecutivo em maio. Após ser condenado no caso de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels, Trump recebeu uma onda de apoio em forma financeira — com um único doador contribuindo com US$ 50 milhões (R$ 272,5 milhões) —, o que o fez ultrapassar Biden em US$ 81 milhões (R$ 441,5 milhões) nos últimos dois meses.

O acontecimento é preocupante para um presidente que busca a reeleição e que, segundo pesquisas, está atrás de Trump em estados-pêndulo (cruciais na eleição por não serem tradicionalmente alinhados nem a democratas ou republicanos, variando o voto a cada ciclo eleitoral). De acordo com uma pesquisa Ipsos divulgada na quinta-feira, Trump derrotaria Biden aproximadamente por 37% a 35% em Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Geórgia, Carolina do Norte, Arizona e Nevada. Já uma sondagem da New Emerson College Polling/The Hill mostra Trump à frente por quatro pontos em Arizona e Geórgia, três pontos em Wisconsin e Nevada, e dois pontos na Pensilvânia. Em Michigan, Trump está na frente com um ponto.

Trump arrecadou US$ 76 milhões (R$ 413,3 milhões) em abril, enquanto em maio, US$ 141 milhões (R$ 768,6 milhões) — já Biden e o Partido Democrata angariaram US$ 51 milhões (R$ 277,1 milhões) e 85 milhões (R$ 463,3 milhões) respectivamente, de acordo com registros federais e declarações das campanhas.

Juntamente com o partido, a campanha de Biden entrou junho com US$ 212 milhões (R$ 1,15 trilhão) em espécie, um valor recorde para um candidato democrata neste momento da campanha. Desde o fim de março, Trump e o CNR não revelaram quanto têm em mãos. Mas uma contagem parcial divulgada pela Comissão Eleitoral Federal (CEF) na quinta-feira indicou um montante de US$ 171 milhões (R$ 932,2 milhões) em dinheiro.

Isso faz a vantagem financeira de Biden cair de US$ 100 milhões (R$ 545 milhões) no primeiro trimestre para US$ 41 milhões (R$ 222,8 milhões) no fim de maio. E, pela primeira vez, o principal comitê de campanha de Trump tem mais dinheiro em caixa do que Biden: US$ 116,5 milhões contra US$ 91,6 milhões (R$ 635,1 milhões contra R$ 499,3 milhões).

A maior doação individual à campanha de Trump foi feita pelo bilionário conservador Timothy Mellon, mostrou um documento federal na quinta-feira. Herdeiro de uma família de banqueiros, Mellon doou US$ 50 milhões (R$ 272,5 milhões) ao comitê republicano um dia após a condenação do ex-presidente em Nova York, segundo a imprensa americana.

Embora grandes eventos realizados em Los Angeles, Seattle e Atlanta tenham contribuído para a arrecadação recorde de Trump, o fato mais relevante parece ter mesmo sido a condenação judicial. O ex-presidente desfrutou de um boom de arrecadação de fundos após o veredicto de culpado. Somente doadores on-line despejaram US$ 52,8 milhões (R$ 287,8 milhões) nos cofres da campanha nas 24 horas seguintes à condenação, que tem estimulado sua base desde então.

A campanha do ex-presidente também disse que teve seu segundo melhor mês com arrecadação de fundos de base, adicionando 3 milhões de assinantes à sua lista de e-mail, usada para angariar doadores mais modestos. Em maio, disse a campanha do republicano, um quarto das contribuições foram de novos doadores. E essas contribuições online serão cada vez mais cruciais até a eleição, já que as campanhas não podem requisitar contribuições repetidas de seus maiores doadores.

— Os números recordes de arrecadação de fundos do presidente Trump provam que a caça às bruxas do corrupto Joe Biden contra o presidente Trump, a inflação disparada e a invasão ilegal da fronteira uniram o povo americano em torno do fato de que mais quatro anos de Biden significarão o fim do nosso país — disse Steven Cheung, diretor de comunicações do republicano.

Reação democrata

Dinheiro por si só raramente é determinante em grandes disputas eleitorais nos EUA, como para a Presidência, porque os eleitores já estão bem informados sobre os candidatos. Mas alguns dos eleitores mais importantes deste ano parecem ser aqueles que não estão acompanhando a disputa — e conseguir reengajá-los pode custar um dinheiro considerável.

Durante meses, Trump e seus aliados simplesmente não tinham dinheiro para chegar a esses eleitores. Enquanto seu caminho para conseguir a nomeação republicana tenha sido tranquilo, ele saiu da disputa das primárias em uma situação financeira relativamente pior em comparação com Biden, que vinha guardando dinheiro há quase um ano.

Pelo lado democrata, a reação inicial foi tentar diminuir a importância do sucesso de arrecadação do rival republicano. Segundo a campanha, mesmo que a vantagem tenha evaporado, a operação eleitoral do democrata usou sua liderança financeira inicial para construir uma infraestrutura política em estados cruciais que darão frutos em novembro. Nesta quinta-feira, a campanha anunciou ter contratado seu milésimo funcionário em 200 escritórios nesses estados.

— O que o relatório do CEF não traduz é a quantidade de gente trabalhando pela campanha — disse Dan Kanninen, diretor da campanha de Biden nos estados cruciais. — Isso foi construído durante um período que Donald Trump não pode ter de volta.

Até agora, Biden usufruiu de uma grande vantagem publicitária sobre Trump. Do início do ano até este mês, a operação do democrata veiculou ou reservou espaço publicitário no valor de US$ 35,4 milhões nos seis estados cruciais. Já a campanha de Trump veiculou praticamente nada nesses estados, apenas cerca de US$ 60 mil, de acordo com registros do AdImpact, uma firma que rastreia movimentações na mídia.

— Sim, Trump está angariando muito mais dinheiro agora, e isso deve assustar as pessoas — disse Brian Derrick, estrategista que fundou uma plataforma democrata de angariação de fundos chamada Oath. — Mas no final das contas, Biden tem os fundos necessários para realizar uma campanha realmente forte. (Com Bloomberg e NYT)

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