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Por O Globo e agências internacionais — Washington, D.C.

Após uma reportagem do New York Times revelar que um especialista em doença de Parkinson visitou a sede presidencial oito vezes em oito meses, incluindo uma vez para reunião com o médico do presidente americano, Joe Biden, sua porta-voz discutiu com jornalistas, e esclareceu que o democrata não consultou um neurologista fora de seus exames físicos anuais.

A declaração oficial sobre o assunto ocorreu apenas após a discussão acalorada entre a secretária de imprensa de Biden, Karine Jean-Pierre, e jornalistas. Em carta emitida na noite de segunda-feira, o médico da Casa Branca, Kevin O'Connor, disse que Kevin Cannard, médico citado pelo jornal americano, é consultor de neurologia da unidade médica da sede oficial da Presidência desde 2012.

Na coletiva de imprensa, Jean-Pierre, se esquivou de responder perguntas sobre a saúde de Biden, e tampouco esclareceu se as visitas do especialista em Parkinson tinham alguma ligação com o mandatário. Embora a Casa Branca tenha divulgado o nome de Cannard e tornado as visitas públicas, a porta-voz se recusou a falar sobre ele ou reconhecer que o médico esteve no local.

Como justificativa, ela citou "razões de segurança" e disse que o profissional merecia uma "privacidade". Jornalistas que estavam no local acusaram a porta-voz de reter informações importantes sobre a saúde do presidente. Depois da coletiva, Jean-Pierre disse aos repórteres que ficou ofendida com a forma como foi questionada, indicando que faz "o melhor para dar as informações que temos disponíveis no momento".

Casa Branca nega que Biden tenha Parkinson após discussão com jornalistas

Casa Branca nega que Biden tenha Parkinson após discussão com jornalistas

Após o bate boca, o médico da Casa Branca divulgou uma nota oficial, onde disse que "atender pacientes na Casa Branca é algo que Cannard tem feito há 12 anos". Segundo O'Connor, Cannard examinou Biden em seus três exames físicos realizados anualmente desde que se tornou presidente.

"Cannard foi escolhido para essa responsabilidade não porque é um especialista em distúrbios de movimento, mas porque é um neurologista altamente treinado e respeitado em Walter Reed e em todo o Sistema de Saúde Militar, com uma ampla expertise que o torna flexível para atender uma variedade de pacientes e problemas".

A última avaliação de saúde do democrata, que ocorreu em fevereiro, não mostrou "nenhum distúrbio neurológico cerebelar ou central, como derrame, esclerose múltipla, Parkinson ou esclerose lateral ascendente, nem há sinais de mielopatia cervical", acrescentou O'Connor.

A especulação sobre a saúde de Biden aumentou após o mau desempenho do democrata no debate presidencial contra o ex-presidente Donald Trump. A Casa Branca nega que o chefe de Estado americano esteja com algum problema de saúde, mas Jacob Appel, professor da Icahn School of Medicine em Nova York, disse ao Politico que os médicos presidenciais não podem ser totalmente confiáveis para divulgar a verdade sobre seus pacientes.

— Médicos de presidentes têm enganado o público desde o início do século 19 — disse ele, que estudou os dilemas médicos de vários profissionais de saúde que atuaram para presidentes americanos. — Há muitas maneiras de dizer algo que é factualmente preciso, mas que não transmite totalmente o que acontece.

Uma série de neurologistas que não examinaram Biden pessoalmente disseram que observaram sintomas em suas aparições públicas que eram consistentes com Parkinson ou uma doença relacionada, como fala hipofônica, postura inclinada para a frente, marcha arrastada, rosto mascarado e padrão de fala irregular. Mas eles enfatizaram que um diagnóstico específico não poderia ser dado sem um exame em primeira mão. (Com New York Times)

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