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GERADO EM: 12/07/2024 - 00:01

Críticas a Biden e possível opção Kamala

Biden enfrenta críticas e gafes em coletiva, com destaque para confusões de nomes e questionamentos sobre sua capacidade. Kamala surge como opção viável, enquanto Casa Branca é criticada pela falta de agilidade. A reeleição do presidente é colocada em xeque.

Não foi o Joe Biden do desastroso debate de junho. Mas também não foi o do Discurso sobre o Estado da União, em março, que animou a militância. Na primeira vez em que encarou sozinho repórteres em uma entrevista coletiva desde novembro, o presidente dos Estados Unidos respondeu de frente a perguntas duras sobre sua saúde, a percepção de seu declínio cognitivo e o número crescente de congressistas do Partido Democrata que pedem sua substituição na disputa pela Casa Branca. Eram 16 antes da conversa com os jornalistas, subiu para 17, com o deputado Jim Himes, de Connecticut, pedindo publicamente a retirada no minuto em que o evento terminou.

Se a expectativa da Casa Branca era a virada do jogo e a reinvenção da candidatura governista, a voz fraca e os sussurros de Biden remeteram imediatamente às gafes que marcaram o dia do democrata: no evento de encerramento da reunião de cúpula dos 75 anos da Otan, imediatamente anterior à coletiva, com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, Biden o chamou de Putin — justamente o inimigo do ucraniano.

Gafe com a vice

Corrigiu a gafe no segundo seguinte, e a vítima reagiu com bom humor, mas o deslize só não ocorreu no pior momento possível porque, logo depois, já na coletiva, o presidente trocou o nome de sua vice-presidente, Kamala Harris, pelo de seu principal adversário, o republicano Donald Trump.

Enquanto a coletiva ainda acontecia, Trump aproveitou a gafe para caçoar de Biden em uma postagem na sua rede social, Truth Social, e escreveu, caçoando: “Ótimo trabalho, Joe!". Um jornalista chegou a alertar Biden sobre a confusão com o nome de Kamala, sinalizando que Trump usava isso para fazer piada nas redes sociais. Biden respondeu de forma irônica: “Ouçam ele.” Mais tarde, o presidente publicou na rede X que sabe bem a diferença entre os dois: “Uma é procuradora, o outro é condenado pela Justiça.”

Biden também brincou com a gafe que cometeu mais cedo com Zelensky. Ao ser perguntado por um repórter, explicou que pouco antes falava sobre Putin “e depois acrescentei outros cinco nomes”, afirmou, rindo.

— Eu falava sobre Putin e disse, bem no final: “Quero dizer, Putin, não, me desculpe, Zelensky” — explicou, respondendo depois a uma pergunta sobre se isso poderia atrapalhar os EUA. — Quantas vezes você ouviu naquela conferência [da Otan] outros líderes e chefes de Estado me agradecendo, dizendo que a razão de estarmos juntos é por causa de Biden?

Biden chama Zelensky de Putin em evento sobre Ucrânia durante cúpula da Otan

Biden chama Zelensky de Putin em evento sobre Ucrânia durante cúpula da Otan

Não por acaso, a coletiva se deu ao fim da Cúpula dos 75 Anos da Otan. Biden enfatizou seu inegável protagonismo na defesa da Ucrânia contra as agressões da Rússia de Vladimir Putin e, em uma das respostas, afirmou que, entre os líderes europeus, ninguém pedia que ele saísse da disputa, mas que seguisse para “evitar a tragédia de Trump”.

Biden buscou estabelecer as diferenças entre ele e Trump logo em seu discurso inicial, destacando justamente a relação com a Otan. O democrata reforçou a importância da aliança para a segurança nacional:

— Meu antecessor deixou claro que não tem compromisso com a Otan, que não tem obrigação com o Artigo 5º [que estabelece que um ataque a um país é um ataque a todos]... — afirmou, recordando que Trump chamou Putin de “genial” pela invasão da Ucrânia um dia após seu início. — A Otan é crucial para a segurança dos EUA.

Kamala em destaque

Além de política externa, e de Biden estabelecer de forma muito mais clara e direta as diferenças de suas propostas para as de Trump em economia, imigração e segurança nacional, a vice-presidente se tornou destaque da coletiva.

Em mais de uma ocasião, repórteres questionaram Biden sobre a capacidade de Kamala, sua mais óbvia substituta se o presidente abandonar o projeto de reeleição, de presidir o país. Desde o debate, o nome da vice cresceu nas pesquisas de intenção de voto. Em quase todas, aparece com melhores chances de vitória em novembro do que o atual ocupante da Casa Branca.

Biden ofereceu razões pelas quais Kamala também seria uma boa escolha para o cargo, notadamente o direito ao aborto e a defesa da lei e da ordem, o que foi percebido por observadores como um avanço em relação a um possível recuo de Biden:

— A maneira como ela lidou com a questão da liberdade do corpo das mulheres, para que tenham controle sobre ele. E, em segundo lugar, sua capacidade de lidar com qualquer questão ainda em andamento. Ela foi uma excelente promotora [no estado da Califórnia]. E ela era uma pessoa de alto nível no Senado — elencou. — Eu não a teria escolhido se não achasse que ela era qualificada para ser presidente. Desde o início, não escondi isso. Ela é qualificada para ser presidente, foi por isso que a escolhi.

Questionado se continuaria na disputa, o democrata reforçou que “seguiria firme” e destacou que, em outros momentos da História, presidentes foram eleitos com intenções de voto menores que as dele inclusive em momentos mais avançados da corrida eleitoral.

— Eu acho que sou a pessoa mais qualificada pra concorrer à Presidência: eu o venci (Trump) uma vez e vou vencê-lo de novo — disse, confiante. — Ter senadores e deputados preocupados com as disputas eleitorais (locais) não é nova.

Críticas à Casa Branca

A Casa Branca e a campanha à reeleição, no entanto, foram criticadas, reservadamente, durante e depois da coletiva, por líderes do Partido Democrata, por terem isolado o presidente após o debate. E, após Biden ter sido questionado por sua pouca agilidade, terem demorado duas semanas até concordarem com o evento desta quinta-feira.

Analistas também apontaram para a improbabilidade de uma entrevista coletiva — o que deveria ser prática corriqueira para um governo cioso da defesa dos valores democráticos, por si só, e tanto depois do embate visto por 50 milhões de americanos — ser capaz de reviver uma candidatura abalada pelo desempenho desastroso no debate de junho, quando Biden, em mais de uma ocasião, não conseguiu completar seu raciocínio e pareceu estar com o ar perdido.

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