Eleições EUA
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Por , e , Em The New York Times — Washington, D.C.

O Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos afirmou nesta segunda-feira que está investigando “uma incursão cibernética na campanha” eleitoral do ex-presidente Donald Trump. Embora o órgão não tenha mencionado especificamente o nome do republicano ou o Irã, a declaração foi feita dias após a equipe do magnata ter culpado o governo iraniano por um ataque hacker contra suas comunicações internas.

A nota do FBI também não comenta a possibilidade desses ataques terem sido direcionados a outras campanhas e figuras públicas, mas, de acordo com um funcionário em conhecimento do caso, os investigadores estão examinando uma tentativa de infiltração nas contas da campanha dos democratas. Segundo a mesma fonte, porém, não há indicação de que a suposta tentativa de invasão tenha sido bem-sucedida.

A equipe da vice-presidente Kamala Harris, que disse monitorar cuidadosamente as ameaças cibernéticas, não está ciente de qualquer violação em seus sistemas, segundo um funcionário que falou sob condição de anonimato ao New York Times.

Na última sexta-feira, a Microsoft disse que um grupo de hackers afiliado ao Corpo da Guarda Revolucionária do Irã havia invadido a conta de um ex-assessor de campanha presidencial não identificado. Nesta segunda, o antigo conselheiro de Trump Roger Stone disse ao NYT que a Microsoft o contatou alguns meses atrás alertando que sua conta do Hotmail havia sido comprometida – e que acreditavam que o culpado fosse o Irã.

Algumas semanas depois, ele disse ter recebido uma ligação do FBI informando que sua conta do Gmail também havia sido hackeada. O órgão acreditava que a conta de Stone tinha sido usada por atores “mal-intencionados” para obter acesso às comunicações internas de outras pessoas na campanha política de Trump.

O FBI alertou repetidas vezes sobre a interferência de países estrangeiros nas eleições deste ano, incluindo com o uso de inteligência artificial para espalhar desinformação. O órgão destacou especialmente o Irã, China e Rússia. Este último tem um longo histórico de acusações por tentativa de “semear caos” nas eleições dos Estados Unidos. Em nota, a missão do Irã na ONU negou as acusações.

“O governo iraniano não possui nem tem qualquer intenção ou motivo para interferir nas eleições presidenciais dos Estados Unidos”, afirmou.

O alcance da violação da campanha de Trump permanece incerto, mas os investigadores antecipam novas tentativas dos hackers para disseminar outros materiais, disseram os oficiais. Ataques do tipo phishing, usados no caso da campanha de Trump, tendem a ser esforços amplos que utilizam um grande volume de e-mails contendo links corrompidos. Basta que um ou dois destinatários cliquem nele para que a invasão ocorra.

A Microsoft afirmou que o grupo de hackers que acredita-se estar por trás da violação, o Mint Sandstorm, usou uma conta comprometida para enviar e-mails falsos a fim de se infiltrar nas contas e bancos de dados da campanha. No sábado, Trump disse ter sido avisado pela empresa que um de seus “muitos sites” foi “hackeado pelo governo iraniano”. O ex-presidente republicano, porém, ressaltou que os invasores coletaram apenas informações que já estavam publicamente disponíveis.

O anúncio de Trump foi feito após a imprensa local relatar ter recebido um conjunto de documentos internos da campanha republicana por meio de uma conta anônima. Entre os registros havia um longo dossiê avaliando a candidatura do companheiro de chapa de Trump, o senador JD Vance. O New York Times também recebeu o que parece ser um conjunto semelhante, se não o mesmo, de informações.

O esforço do Irã para invadir a campanha de Trump ocorre após o ex-presidente afirmar que o país planejava mata-lo. Em 2020, o então mandatário americano autorizou um ataque de drone no Iraque que matou o general Qassim Suleimani, comandante das Forças Quds, uma ala secreta dos Guardas Revolucionários responsável por operações externas.

Na semana passada, o Departamento de Justiça acusou um homem paquistanês com vínculos com o Irã de tentar contratar alguém para matar figuras políticas nos Estados Unidos, incluindo possíveis alvos como Trump.

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