A dois meses da definição sobre quem comandará a Casa Branca a partir de janeiro de 2025, Kamala Harris e Donald Trump brigam voto a voto pela vitória nos sete estados que devem definir a disputa em novembro. A democrata manteve a vantagem no Michigan e no Wisconsin, e dá sinais de recuperação em Nevada e na Geórgia — já o republicano parece rumo à vitória no Arizona, onde Joe Biden ganhou em 2020, e na Carolina do Norte, onde a última derrota de seu partido ocorreu há 12 anos. Confira os números mais recentes no Tracker, a ferramenta do GLOBO para mapear a disputa pela Presidência dos EUA.
Segundo o agregado de pesquisas, a Pensilvânia e a Geórgia se encaminham para ser os locais onde a votação será mais apertada, repetindo o enredo de quatro anos atrás: em 2020, Biden venceu nos dois estados, com diferenças de menos de 100 mil votos. A Geórgia, onde o agregado de pesquisas do site RealClearPolling aponta para um empate técnico, foi cenário de uma tentativa do ex-presidente Donald Trump de reverter sua derrota para o democrata, o que motivou dois processos criminais.
Uma expectativa para a atual rodada de pesquisas era sobre o impacto da desistência de Robert Kennedy Jr., anunciada em agosto. Ele, que vinha marcando cerca de 4% em sondagens nacionais, declarou apoio a Donald Trump, e chegou a subir no palanque do republicano.
Mas uma pesquisa do site The Hill, em parceria com a Universidade Quinnipiac, revelou que a diferença nas urnas deve ser marginal: para 64% dos entrevistados, o apoio dele a Trump não muda a percepção sobre o ex-presidente. Para 19%, o endosso fez com que olhassem de maneira mais favorável para o republicano — para 15%, o apoio é negativo para a imagem de Trump. A pesquisa revela ainda que o apoio de Kennedy ao ex-presidente não mexeu com as opiniões dos independentes, cruciais para a definição em novembro. A sondagem foi realizada entre os dias 23 e 27 de agosto, com 1.611 eleitores prováveis, e tem margem de erro de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
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O Tracker mostra a evolução da média das sondagens desde o anúncio da desistência de Joe Biden, no dia 21 de julho, e como eventos cruciais, como as Convenções Nacionais e os debates entre os candidatos à Presidência e à Vice-Presidência, pesam na hora do voto. Além dos números dos sete estados onde a eleição será vencida ou perdida, a ferramenta traz ainda o agregado das pesquisas nacionais, que medem a temperatura do eleitorado.