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Por O Globo e agências internacionais — Flórida

RESUMO

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GERADO EM: 16/09/2024 - 09:08

Falhas do Serviço Secreto dos EUA em Proteger Trump

Um segundo atentado contra Trump em pouco tempo levanta dúvidas sobre o Serviço Secreto dos EUA. O incidente, onde um atirador se aproximou do ex-presidente, destaca falhas na proteção. Apesar do reforço na segurança, a agência mostrou dificuldades em lidar com a crescente violência política e em proteger adequadamente perímetros locais. A necessidade de aumentar a proteção de Trump para níveis presidenciais é discutida, enquanto críticas à agência surgem no Congresso.

Pela segunda vez em cerca de dois meses, um homem armado foi avistado a uma curta distância do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. No domingo, integrantes do Serviço Secreto dispararam contra o homem que estava escondido entre arbustos a poucos metros do candidato republicano à Presidência, e o FBI anunciou que o caso era uma “aparente tentativa de assassinato”. Agora, novas questões sobre a capacidade do órgão federal de proteger candidatos sob sua responsabilidade foram levantadas, e o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que a agência necessita de mais auxílio.

— Acho que o Congresso deveria responder às necessidades do Serviço Secreto — declarou Biden à imprensa na Casa Branca. — Acho que podemos necessitar de mais pessoal — continuou o democrata, acrescentando que “graças a Deus” Trump está bem após o incidente.

O Serviço Secreto reforçou a equipe de proteção de Trump após a tentativa de assassinato que o deixou ferido na orelha na Pensilvânia em julho — ocasião em que a agência foi duramente criticada pela sua atuação. Segundo autoridades atuais e ex-funcionários, o reforço das capacidades do órgão, que inclui a disponibilidade de mais agentes e maior inteligência em campo, pode ter contribuído para frustrar a tentativa de ataque deste fim de semana, ocorrida no campo de golfe da Trump International, nos arredores da mansão do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida.

Mas o fato de um homem armado conseguir ficar a cerca de 300 a 500 metros de distância do ex-presidente com um fuzil semiautomático com mira telescópica destacou como muitos dos problemas expostos na Pensilvânia permanecem sem solução. Evidenciou, também, a dificuldade do Serviço Secreto de responder a um ambiente político imprevisível e cada vez mais violento. Assim como na última tentativa de assassinato contra Trump, os maiores problemas na proteção do ex-presidente parecem envolver a segurança do perímetro local, mesmo em propriedades que já são conhecidas, como as do republicano.

No domingo, um agente do Serviço Secreto que estava à frente de Trump no campo de golfe avistou o cano de uma arma — e foi isso que levou os agentes a abrirem fogo contra o suspeito, disse o xerife Ric Bradshaw, do condado de Palm Beach, numa entrevista coletiva. Ele afirmou que o ex-presidente republicano, uma das figuras mais polarizadoras do mundo, conta com uma equipe de proteção menor do que a destinada a um presidente americano em exercício, o que limita as proteções que o Serviço Secreto e seus parceiros locais podem oferecer.

— Ele não é o presidente em exercício. Se fosse, teríamos cercado todo o campo de golfe — disse Bradshaw. — Mas, como ele não é, a segurança é limitada às áreas que o Serviço Secreto considera possíveis. Então, imagino que da próxima vez em que ele vier a um campo de golfe, provavelmente haverá mais gente ao redor do perímetro.

Violência ‘sem precedentes’

A vice-presidente e rival de Trump nas eleições presidenciais, Kamala Harris, disse estar “profundamente perturbada” com o que o FBI disse investigar como uma tentativa de assassinato contra o republicano, e condenou a “violência política”. Em declaração divulgada pela Casa Branca no domingo, ela reforçou a promessa de Biden de “garantir que o Serviço Secreto tenha todos os recursos” para cumprir sua missão.

Michael Matranga, um ex-agente do Serviço Secreto que protegeu o presidente Barack Obama, disse que a agência deveria “considerar seriamente dar a Trump o mesmo nível de proteção que o presidente dos Estados Unidos”, afirmando que os incidentes contra o republicano são “sem precedentes”. Parlamentares de ambos os partidos elogiaram as ações dos agentes no domingo, mas prometeram submeter a liderança do órgão federal, já cercada por críticas, a intensos questionamentos sobre a capacidade do suspeito de se posicionar tão perto do ex-presidente.

— O fato de haver um segundo incidente certamente justifica muita atenção e escrutínio — disse o senador Richard Blumenthal, democrata de Connecticut e presidente do subcomitê do Senado que investiga as falhas de segurança na Pensilvânia. — Certamente, um segundo incidente grave, aparentemente envolvendo um fuzil de assalto, é profundamente alarmante e revoltante — acrescentou ele.

O senador Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul e aliado de Trump, disse que as investigações do Senado sobre as falhas de segurança no comício de julho citaram má gestão no Departamento de Segurança Interna, que supervisiona o Serviço Secreto, além de questões orçamentárias e morais. Ele afirmou que a agência “perdeu o foco e precisa de mais recursos” e que “os agentes só trabalham, não têm vida”.

(Com AFP e New York Times)

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