WASHINGTON — A senadora americana Elizabeth Warren anunciou, nesta quarta-feira, seu apoio ao virtual candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden , que foi vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Barack Obama (2009-2017). Nesta segunda-feira, o também senador Bernie Sanders, que abandonara a disputa dias antes, já havia declarado apoio a Biden na corrida presidencial .
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“Neste momento de crise, é mais importante do que nunca que o próximo presidente americano recupere a fé dos americanos em um governo bom e eficaz — e eu vi Joe Biden ajudar na reconstrução de nossa nação”, disse Warren no Twitter. “Hoje, estou orgulhosa de apoiar Joe Biden como presidente dos Estados Unidos.”
A progressista Warren, que encerrou sua própria candidatura à Casa Branca em março , dá a Biden seu terceiro grande apoio da semana. Em novembro, ele irá disputar o cargo com o presidente Donald Trump.
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Único rival de Biden que ainda estava na disputa, o social-democrata Bernie Sanders declarou seu apoio a ele nesta segunda-feira, depois de suspender sua campanha na semana anterior. Um dia depois do senador, o ex-presidente Obama também endossou Biden publicamente . Com Sanders e Warren a seu lado, o ex-vice terá mais chances de conquistar eleitores da ala mais à esquerda de seu partido, muitos dos quais refratários em votar no centrista.
Mais democratas querem votar
Após três anos de Trump na Casa Branca, os eleitores americanos que são contrários a ele estão mais determinados a votar, indicam pesquisas. Isso ocorre tanto nacionalmente como em alguns estados historicamente competitivos. Um exemplo é o Wisconsin — o atual presidente ganhou por pouco lá em 2016 — onde a intenção dos democratas de ir às urnas está crescendo mais do que a dos republicanos, segundo uma pesquisa com mais de 66.000 pessoas feita pelo instituto Ipsos com a Reuters. Nos EUA, o voto não é obrigatório.
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Sondagens recentes já apontaram que Trump fica atrás de Biden em uma possível disputa entre os dois. De acordo com o levantamento Ipsos/Reuters, 70% dos democratas disseram que é certo votarem nas proximas eleições, um crescimento de nove pontos percentuais comparado à situação do primeiro trimestre de 2016. Já entre os republicanos, o aumento em relação a esse período foi de três pontos percentuais: 71% informaram que irão às urnas em novembro.