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Em guerra desde 2014, Iêmen e rebeldes houthis fecham acordo de troca de mais de mil prisioneiros

Conflito já custou dezenas de milhares de vidas, a maioria de civis, e resultou no que a ONU descreveu como a pior crise humanitária do mundo
Rebeldes houthis, entre eles um menino, patrulham o funeral de seus combatentes mortos em Sanaa, no Iêmen Foto: KHALED ABDULLAH / REUTERS/22-09-2020
Rebeldes houthis, entre eles um menino, patrulham o funeral de seus combatentes mortos em Sanaa, no Iêmen Foto: KHALED ABDULLAH / REUTERS/22-09-2020

GENEBRA — O governo do Iêmem e os rebeldes houthis, em guerra desde 2014, concordaram com uma troca de 1.081 prisioneiros após uma semana de discussões na Suíça, sob a égide das Nações Unidas, confirmou neste domingo o enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths.

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Griffiths saudou as delegações do Iêmen por esta troca que é "a mais importante" na história do conflito. No anúncio feito em um hotel de Glion, próximo ao Lago de Genebra, ele também indiciou que as delegações concordaram em se reunir "para negociar novas libertações".

Como parte de um acordo de paz patrocinado pela ONU e concluído na Suécia em 2018, o governo do Iêmen — apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita — e os rebeldes houthis — apoiados pelo Irã — concordaram em uma troca de cerca de 15 mil detidos no total.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha vai supervisionar o retorno dos prisioneiros às suas famílias.

O conflito no Iêmen já custou dezenas de milhares de vidas, a maioria de civis, e resultou no que a ONU descreveu como a pior crise humanitária do mundo.