Sem advogado, visita e psicólogo: a rotina na cadeia de brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner

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Nas declarações mais recentes dadas à imprensa, de dentro do presídio de segurança máxima Ezeiza, na capital Buenos Aires, ele afirmou ter agido sozinho na tentativa de assassinato. Com o intuito de livrar a namorada Brenda Uliarte da responsabilidades pelo ataque e afastar as suspeitas sobre uma organização que poderia ter motivado as ações, ele garantiu que fez tudo por "motivo" próprio. Ela também está presa.

Por conta do comportamento de Fernando, o procurador federal Carlos Rívolo, responsável pela investigação do atentado, solicitou o bloqueio a contatos feitos por Sabag Montiel. Para Rívolo, limitar os diálogos dele seria o mais condizente com as medidas que o juiz "tem vindo sucessivamente a ordenar" frente ao caso do brasileiro, que foi mantido desde o início sob controle severo.

"Dada a gravidade institucional dos fatos objeto desta investigação, e com o objetivo exclusivo de preservar sua segurança, terei que sugerir ao Tribunal que ordene a restrição das comunicações que o detento receba no estabelecimento prisional, para sua defesa e/ou familiares expressamente autorizados por ele", escreveu ele em documento ao qual o LA NACION teve acesso.

Na terça-feira da semana passada, a juíza María Eugenia Capuchetti também agiu, depois que o C5N apresentou a entrevista com o detento. Ela pediu ao Serviço Penitenciário Federal um relatório detalhado sobre a situação dele. A resposta relata que Sabag Montiel chegou ao presídio de Ezeiza em 28 de setembro do ano passado, e que, desde então, está "alojado no setor de Área de Observação Contínua, na cela número 1 dependente do Hospital Psiquiátrico Masculino de Serviço ”.

O documento aponta ainda que, desde a chegada, o brasileiro “foi nomeado para o Grupo Especial de Intervenção Rápida com o objetivo de supervisionar todo o tipo de deslocações que se façam ao recluso e salvaguardar sua integridade psicofísica”. Além disso, o setor em que a Sabag está "possui câmeras de videovigilância com monitoramento permanente".

Na cela que ocupa, há uma cama com colchão resistente ao fogo, armário de parede para os objetos pessoais, pia e vaso sanitário antivandalismo”. No setor dele, existe uma sala polivalente que possui “telefone fixo para fazer e receber ligações”.

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Nas duas cartas que escreveu da prisão, as quais estão incorporadas ao processo judicial, Sabag Montiel forneceu um número de telefone em formato celular, o qual começa com o prefixo "15". No entanto, fontes oficiais informaram que o detento incluiu o número 15 por engano, já que se trata do telefone público do pavilhão.

As mesmas fontes adiantaram que durante o dia, quando o telefone está aberto, ele tem acesso à sala polivalente onde está o aparelho. Por ser o único detento em seu setor, ele pode usar o meio de comunicação sem ter que se revezar com mais ninguém.