O asteroide Dimorphos teve sua órbita desviada no dia 26 de setembro do ano passado, por uma missão bem-sucedida da Nasa, chamada DART. Embora o asteroide não estivesse em rota de colisão com a Terra, o procedimento da Nasa foi um “teste de defesa” de um sistema que poderá, eventualmente, proteger o nosso planeta de outro asteroide que possa vir a oferecer algum risco em potencial. Na última semana, o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou um vídeo com imagens do momento em que a nave da DART colide com o asteroide.
No vídeo, é possível ver a evolução da nuvem de detritos que foi formada depois da colisão, no período de um mês. "A animação baseia-se numa série de imagens obtidas com o instrumento MUSE, no Very Large Telescope (VLT) do ESO", afirma o Observatório.
A primeira imagem foi registrada no dia 26 de setembro de 2022, pouco antes do impacto entre a nave e o Dimorphos, e a última foi tirada quase um mês depois, no dia 25 de outubro. Durante esse período, o ESO afirma que "várias estruturas se desenvolveram", entre "aglomerados, espirais e uma longa cauda de poeira empurrada pela radiação solar".
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Asteroide desviado será investigado pelo menor radar já lançado ao espaço
Uma pequena caixa de 10 cm chamada JuRa entrará para a história como o menor instrumento de radar a viajar no espaço – e o primeiro do tipo a sondar o interior de um asteroide. Seu alvo será Dimorphos, o asteroide que teve sua órbita desviada pela Nasa em setembro do ano passado.
O envio desse radar fará parte da “missão Hera”, da Agência Espacial Europeia (ESA), prevista para ser lançada em dois anos para uma avaliação in loco das consequências do impacto da missão DART, coletando informações como o tamanho da cratera formada, a massa de Dimorphos e sua composição e estrutura internas.
Segundo comunicado da ESA, os dados da missão Hera ajudarão a compreender melhor e com mais cuidado os resultados de DART.
Construído pela empresa Emtronix, em Luxemburgo, o minirradar JuRa foi desenvolvido em conjunto por pesquisadores da Universidade Grenoble Alpes (França) e da Universidade Técnica de Dresden (Alemanha).