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Por The New York Times

Os planos britânicos e holandeses para ajudar a Ucrânia a obter caças F-16 colocaram os Estados Unidos e alguns de seus aliados europeus mais próximos em desacordo sobre quais armas o Ocidente deveria enviar a Kiev.

Mesmo que o governo Biden supere sua relutância de longa data em dar à Ucrânia os aviões fabricados nos Estados Unidos, o F-16 não seria usado em combate por meses, dizem autoridades e analistas militares. Mas sem o fim da guerra à vista, o F-16 se tornou a mais recente arma avançada que a Ucrânia e alguns de seus apoiadores dizem que precisa para afastar a Rússia – tanto no conflito atual quanto nos próximos anos.

O que é o F-16?

O F-16 "Fighting Falcon" é um caça supersônico usado por militares em 25 países para combate ar-ar e ataques ar-solo. Aeronaves do modelo voaram em conflitos no Afeganistão, Iraque, Kosovo, Golfo Pérsico e em missões de defesa nacional no espaço aéreo dos EUA.

O F-16 é construído pela empreiteira de defesa americana Lockheed Martin e fabricantes na Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega. Um alto funcionário ucraniano afirma que esses quatro países sinalizaram discretamente que estão dispostos a transferir alguns de seus F-16 para Kiev.

O F-16 é considerado versátil, leve e econômico — com um preço de até US$ 63 milhões, dependendo do modelo, de acordo com algumas estimativas. Existem aproximadamente 3 mil unidades ativos em todo o mundo, incluindo centenas na Força Aérea e na Marinha dos EUA.

Por que a Ucrânia os quer tanto?

O F-16 possui capacidades ofensivas e defensivas. No curto prazo, dizem as autoridades ucranianas, os F-16 e outros caças ocidentais avançados são necessários para melhorar as defesas aéreas, com os sistemas de lançamento terrestre existentes de Kiev esgotados por frequentes ataques de mísseis russos. Os jatos podem ser lançados em minutos e equipados para derrubar mísseis e aeronaves inimigas.

Sem caças modernos, “nenhum sistema de defesa aérea será perfeito”, disse o presidente Volodymyr Zelensky aos líderes europeus reunidos em uma cúpula em Reykjavík, na Islândia, nesta semana.

Além do conflito atual, muitas autoridades na Europa e nos Estados Unidos acreditam que o F-16 pode ser um impedimento fundamental para futuras agressões contra a Ucrânia pela força aérea amplamente superior da Rússia.

Por que os EUA estão relutantes em enviá-los?

O treinamento de pilotos ucranianos para pilotar jatos ocidentais levará meses, e o governo Biden diz que é melhor enviar armas que ajudarão a Ucrânia em sua contra-ofensiva contra a Rússia — uma batalha que muitos no Ocidente esperam que seja um ponto de virada na guerra. Um alto funcionário americano disse esta semana que o custo do envio dos F-16 absorveria muito do financiamento de guerra dos EUA.

Em uma audiência na Câmara no mês passado, Celeste A. Wallander, secretária assistente de defesa, disse que o governo estava focado nas necessidades militares da Ucrânia, mas também no que era prático. "O que podemos entregar que será oportuno e eficaz?", disse ela.

Ela disse que os caças a jato ocidentais modernos, como os F-16, eram “cerca de oitavo na lista” de prioridades.

Quais são as probabilidades da Ucrânia conseguir os F-16?

De média para alta, de acordo com oficiais e analistas militares. O governo Biden já disse não a vários tipos de armas avançadas para a Ucrânia — incluindo lançadores de mísseis HIMARS, tanques Abrams e mísseis Patriot — apenas para reverter sob pressão de aliados europeus e do Congresso.

Sob o que os analistas descrevem como o cenário mais provável, os Estados Unidos emitiriam licenças de reexportação para outros países que possuem F-16, permitindo que transferissem seus jatos para a Ucrânia. Dados os custos de cada caça, é menos provável que os Estados Unidos enviem seus próprios F-16 para a Ucrânia, embora não seja impossível.

Se os aliados ocidentais pretendem atualizar a velha frota aérea da era soviética da Ucrânia com jatos mais modernos, dar ao país F-16 é “o resultado mais provável”, disse Douglas Barrie, especialista aeroespacial militar do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos em Londres.

Ele também disse que seria improvável que a Grã-Bretanha, com seu “relacionamento especial” com a América, continuasse tentando fornecer os F-16 se o governo Biden não estivesse pelo menos um pouco a bordo. “Seria surpreendente, para dizer o mínimo”, disse ele.

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