Repórter diz ter sido demitida por ter cabelos cacheados nos EUA; TV alega que estilo não estava ‘alinhado’

• Vídeo: equipe de jornalistas resgata cachorro preso após tornado atingir cidade no Texas
• Multa: homem de 72 anos tem que pagar R$ 4,7 mil por consertar buraco em rua na Itália

Tabitha Bartoe foi contratada pela estação de TV em fevereiro, seu primeiro emprego após a graduação em Jornalismo. Assim que começou, no entanto, também tiveram início os conflitos com a administração da empresa, que se incomodou com a aparência da repórter.

Segundo Bartoe, em uma consultoria realizada com cabeleireiros da emissora, ela foi questionada sobre a possibilidade de relaxar o cabelo. “Se você alisar o cabelo, os cachos caem com o tempo, e é isso que estamos procurando”, teria dito o cabeleireiro, segundo a jornalista.

Após um longo processo na empresa, a repórter foi chamada pelo gerente da TV. Ele alegou que “o estilo” da profissional não estava “alinhado” com a empresa. “Seu tempo acabou aqui”, teria dito o gestor, segundo o jornal Knoxville News Sentinel.

O problema vivido por Bartoe, uma mulher branca, é enfrentado por outras pessoas, especialmente a população negra, historicamente. Um estudo realizado por professores da Duke University em 2020 e divulgado pela rede CBS revelou que mulheres negras com penteados naturais eram classificadas como menos profissionais e menos recomendadas para entrevistas nos Estados Unidos.

Segundo o resultado de uma pesquisa financiada pela Dove, aproximadamente 1 a cada 5 mulheres negras com idade entre 25 e 34 anos dizem que foram mandadas para casa devido a textura de seus cabelos.

Mesmo com a situação enfrentada em seu primeiro emprego, a repórter diz não ter se afastado do sonho de trabalhar com o público. Ela está, atualmente, matriculada em um programa de mestrado em Comunicação na University of North Dakota.