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Por AFP — Roma

A atmosfera do restaurante romano Fiuto é sofisticada: pouca iluminação, música solene, funcionários atenciosos... Mas neste lugar os cães são tão bem-vindos quanto os seus donos.

A seção do menu para clientes caninos apresenta um vasto leque de opções: desde pescada com ricota, frango picado com purê de batata, até tigelas vegetarianas. Na parte das bebidas, você pode escolher entre smoothie de maçã verde ou melancia.

As porções se adaptam ao tamanho do bicho: pequena (para cães de 2 a 10 quilos), média (11-20 kg), grande (21-30 kg) e ainda extra-grande (+30 kg). Desde a sua abertura, o restaurante acolhe em média entre 6 e 10 cães todas as noites durante a semana, aumentando para 10 a 15 no fim de semana. Os preços variam entre 8 e 20 euros (entre R$ 42 e R$ 106, na cotação atual).

— O menu foi estudado com um nutricionista veterinário com quem determinamos os ingredientes tendo em conta as suas alergias, porque os cães têm muito mais alergias do que os humanos — disse à AFP Luca Grammatico, treinador de cães que se tornou chefe de cozinha apenas um mês atrás.

Tigelas de design e cuidado na apresentação dos pratos

Os clientes parecem satisfeitos: sem ladrar nem rosnar, todos se concentram nas suas tigelas de design, confortavelmente instaladas em cestos de pelúcia. Pepe, um bichon preto e branco de quatro anos, lambe cada canto de sua tigela preta com padrões geométricos.

— Animais de estimação fazem parte da nossa família. Então, por que não podemos tratá-los como membros da família? — diz Sara Nicosanti enquanto tira uma selfie com Mango, seu filho da raça Jack Russell de cinco anos, em uma sala coberta de espelhos projetada especificamente para os cliques.

Tudo “sem especiarias, sem sal e sem azeites”, acrescenta o chef barbudo de olhar alegre, que tenta propor pratos “com um aspecto um pouco mais gourmet” e uma apresentação cuidadosa.

Surpreendentemente, “o peixe é muito apreciado porque tem um sabor diferente da comida habitual”, observa Luca.

Bolo de aniversário e decoração em detalhe

Tem festa no local: Romina Lanza, advogada de 40 anos, comemora o quarto aniversário de seu cachorro Rudy. O cãozinho teve direito a um bolo de aniversário: “Um cheesecake com ricota e maçã verde como sabor final”.

Para Romina, Fiuto é “uma iniciativa muito louvável”. Mesmo que parte da humanidade passe fome?

— Não vejo nada de errado nisso [no restaurante para cães] — defende.

Maria Gliottone, estudante de 20 anos que descobriu o local através do TikTok e foi até lá acompanhada de Nala, sua cadela de dois anos, e seu companheiro Douglas, um cachorrinho de quatro meses, pensa o mesmo.

— Só quem não tem cachorro pensa isso — diz ele.

Normalmente Nala “sempre quer comer do meu prato, aqui é muito mais prático”, diz a menina, acariciando com ternura seu animal de estimação.

A ideia de fundar este negócio no coração do bairro Ponte Milvio, repleto de bares e restaurantes para uma clientela abastada, surgiu um pouco por acaso.

— Sinceramente, não esperávamos este ‘boom’. Estamos obviamente super felizes e acima de tudo felizes por poder oferecer esta experiência aos nossos amigos de quatro patas — afirma Marco Turano, 33 anos e um dos três cofundadores da Fiuto, enquanto embrulhava o presente de aniversário de Rudy, um bálsamo para fios longos.

A decoração do restaurante foi pensada em detalhes. Por exemplo, instalaram biombos entre as mesas para que “os cães, quando comem, não se vejam e não se incomodem invadindo os respetivos espaços”, explica Marco.

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