A agência de inteligência da Ucrânia (HUR) revelou, na última terça-feira, detalhes da operação que resultou na destruição de bombardeiros russos em agosto do ano passado, perto da cidade de São Petesburgo, na Rússia. Um pequeno grupo de soldados marchou atrás das linhas russas, destruiu três aviões e foi emboscado por forças superiores. A missão alcançou seu objetivo, mas custou a vida do líder da unidade.
O alvo da operação eram os bombardeiros de longo alcance Tupolev Tu-22M3, localizados em um campo aéreo na província de Novgorod. Essa aeronave da era soviética alcança a velocidade de 2.300 km/h e consegue carregar até 24 toneladas de bombas e mísseis guiados, incluindo o míssil de cruzeiro anti-navio AS-4 Kitchen, para atacar a infraestrutura ucraniana.
Um destacamento liderado pelo coronel Oleh Babii foi escolhido para fazer a perigosa marcha de 600 km até o objetivo. Sem serem detectados, os soldados chegaram perto do campo aéreo, destruíram um dos bombardeiros e sabotaram outros dois.
No trajeto de volta às linhas amigas, o grupo foi emboscado e forçado a enfrentar uma "luta desigual" contra uma força russa superior. Oleh Babii morreu enquanto cobria a retirada dos companheiros.
O histórico de combate do oficial inclui 9 missões de reconhecimento atrás de linhas inimigas, além de 12 operações especiais na Rússia e em apoio à resistência no território ucraniano ocupado pelas forças de Moscou.
Oleh deixou sua esposa e dois filhos, e foi postumamente homenageado com o título de Herói da Ucrânia. Durante a cerimônia de entrega da medalha, foi mencionado que as ações do coronel conseguiram "perturbar a logística russa e destruir alvos importantes e elementos críticos de infraestrutura."