Ruby Franke: saiba quem é a influencer de maternidade condenada por maus-tratos contra os próprios filhos, nos EUA

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O Conselho de Indultos e Liberdade Condicional de Utah determinará a duração exata de suas sentenças, nenhuma das quais excederá 30 anos, o máximo permitido pela lei estadual para sentenças consecutivas.

De maio a agosto de 2023, a Ruby, mãe de seis filhos, criou um “ambiente semelhante a um campo de concentração” para dois de seus filhos, que tinham 9 e 11 anos na época, disse Eric Clarke, o procurador do condado de Washington, durante a audiência de sentença. Ela os negava comida, água, entretenimento e camas adequadas, além de os isolar das outras crianças, disse ele.

A mulher de 42 anos também forçou seus filhos a realizar tarefas físicas sob calor extremo, sem sapatos, meias ou água, segundo Clarke. Eles foram forçados a permanecer em pé sobre concreto quente no calor do verão por horas e, às vezes, dias seguidos. Também foram espancados e amarrados pelas mãos e pelos pés. Os ferimentos foram tão graves que as crianças precisaram de hospitalização.

— Se o filho mais velho não tivesse tido a coragem de fugir e pedir a um vizinho que chamasse a polícia, só Deus sabe quanto tempo ele poderia ter sobrevivido naquela situação — explica Clarke.

Conhecida por documentar seu estilo parental rígido nas redes sociais, foi presa em 30 de agosto do ano passado, com Jodi Hildebrandt. A polícia disse, na época, que dois dos filhos de Ruby pareciam desnutridos, e que um deles tinha feridas abertas e fita adesiva nos tornozelos e pulsos.

Ruby era apresentadora de um canal no YouTube chamado “8 Passengers”, que já foi removido da plataforma. Nos vídeos, ela documentou a vida de seus seis filhos e narrou suas estratégias parentais, que incluíam punir seus filhos com a retenção de alimentos. O canal tinha quase 2,5 milhões de assinantes antes de ser retirado do ar.

“Nos últimos quatro anos, optei por seguir conselhos e orientações que me levaram a uma ilusão sombria”, disse Ruby durante a audiência de sentença na terça-feira. “Fui levada a acreditar que este mundo era um lugar maligno cheio de polícias que controlam, hospitais que ferem, agências governamentais que fazem lavagem cerebral, líderes religiosos que mentem e cobiçam, maridos que se recusam a proteger e crianças que precisam de abuso”, acrescentou ela.

Na ocasião, a acusada chegou a expressar remorso, e disse que assumiu “total responsabilidade” pelas escolhas que fez.