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Por O Globo — Rio de Janeiro

Um estudo publicado na Revista Science Advances, na última sexta-feira, aponta que pesquisadores da Nasa poderiam usar fragmentos de gelo lançados por enormes gêiseres de Júpiter e Saturno para investigar a existência de vida, além da humana, no nosso Sistema Solar.

Recentes estudos acerca de Enceladus, o sexto maior satélite natural de Saturno, constataram que partículas incrustadas de gelo são expelidas no espaço pelos gêiseres. De acordo com os pesquisadores, esses fragmentos poderiam transportar células bacterianas e outras moléculas orgânicas.

Conceito artístico de possível atividade hidrotérmica em Enceladus — Foto: NASA/JLP-Caltech
Conceito artístico de possível atividade hidrotérmica em Enceladus — Foto: NASA/JLP-Caltech

Ao coletarem amostras do Enceladus e da Europa de Júpiter, a maior lua do astro, os cientistas poderiam desvendar possíveis condições favoráveis à vida presentes em oceanos subterrâneos, fora da Terra. É entendido que as células bacterianas podem estar concentradas apenas em um pequeno número de estruturas.

O planeta Júpiter e sua lua Europa — Foto: Nasa / via AFP
O planeta Júpiter e sua lua Europa — Foto: Nasa / via AFP

Para efeitos de análise, os cientistas simularam o cenário em um laboratório com a mistura de água líquida e células bacterianas desidratadas com nome de Sphingopyxis alaskensis, que são encontradas em geleiras e nos mares do Alasca, nos Estados Unidos.

Estudo mostra que instrumentos a bordo de naves espaciais podem detectar sinais de vida em grãos de gelo como os expelidos pela lua de Saturno, Encélado — Foto: NASA
Estudo mostra que instrumentos a bordo de naves espaciais podem detectar sinais de vida em grãos de gelo como os expelidos pela lua de Saturno, Encélado — Foto: NASA

Essas bactérias estão habituadas a viverem em ambientes inóspitos e com pouco alimento, cenário semelhante às condições dos oceanos subterrâneos em Saturno e Júpiter.

"Extremamente pequenas, elas são, em teoria, capazes de caber em grãos de gelo emitidos por um mundo oceânico como Enceladus ou Europa”, disse Klenner em comunicado.

Em laboratório, os cientistas usaram um tubo fino para injetar essa água em uma câmara à vácuo que comportava as bactérias em questão, com gotículas de água de cerca de 15 micrômetros de diâmetro, que seriam "um pouco maiores que o grãos de gelo no espaço", segundo Klenner.

Um raio laser ficou encarregado de carregar as moléculas de água com as bactérias e, por meio de espectroscopia de massa — técnica que pode ser empregada por naves espaciais —, os cientistas reuniram medidas de diferentes comprimentos de ondas emitidos em luz pelas partículas.

Com isso, foi possível identificar as composições com aminoácidos e ácidos graxos. É considerado que a química presente em uma célula poderá ser identificada mesmo que apenas 1% dela esteja incrustada no gelo.

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