Um novo estudo aponta que a cratera de mais de 800 metros quadrados e quase 90 metros de profundidade em Yana, na Sibéria, conhecida como "Cratera Batagaika", está se expandindo mais rápido do que o esperado devido às mudanças climáticas. Também conhecida como "Porta do Inferno", a Cratera Batagaika se formou pela primeira vez quando o solo de permafrost da tundra siberiana começou a derreter e liberar toneladas de metano previamente congelado, um poderoso gás de efeito estufa, na atmosfera terrestre.
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Novas pesquisas revelaram que a taxa de liberação de metano e outros gases de carbono à medida que a cratera se aprofunda atingiu entre 4000 e 5000 toneladas por ano. As descobertas, segundo o autor principal do estudo, Alexander Kizyakov, "demonstram a rapidez com que a degradação do permafrost ocorre." Ele alerta que a cratera, em breve, começará provavelmente a liberar todo o gás de efeito estufa restante.
![Cratera pode ser vista do espaço — Foto: Divulgação/NASA](https://s2-oglobo.glbimg.com/EXtqINi_59sTTKsJMjjJrxx6LTs=/0x0:2000x1194/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/e/Y/EJ9naMTCAgB9KRchzyYQ/arte-15-.png)
O glaciólogo trabalhou com outros pesquisadores no novo estudo, publicado em maio na revista Geomorphology. Kizyakov e seus colegas descobriram que a cratera quase atingiu o substrato rochoso, o que significa que o permafrost derretido que ainda resta para derreter, e assim gerar um colapso adicional, está quase todo derretido.
Mas Kizyakov, que leciona na Universidade Estatal de Moscou Lomonosov, na Rússia, observou que ainda há oportunidades para o derretimento continuar lateralmente.
"A expansão ao longo das margens e encosta acima é esperada", disse Kizyakov ao site Atlas Obscura.
"Esta expansão lateral também é limitada pela proximidade do substrato rochoso, cujo topo aparentemente se eleva até a sela entre as montanhas mais próximas, cerca de 550 metros encosta acima", explicou ele.
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![.... — Foto: Reprodução Google Maps](https://s2-oglobo.glbimg.com/krJq_QLs_KwL4ORqVTdVj0aPs2c=/28x0:798x443/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/G/f/zyWJvOR1iYKr8O3pJWzQ/captura-de-tela-2024-06-07-161508.png)
Nikita Tananaev, pesquisador do Instituto de Permafrost Melnikov em Yakutsk, que não contribuiu para a nova pesquisa, observou que apenas esse vazamento da cratera está alterando permanentemente os ecossistemas próximos.
"Isso levará a alterações significativas no habitat ribeirinho, e o efeito dos sedimentos escapando do deslizamento é visto até no Rio Yana, o principal rio nas proximidades," disse Tananaev ao Atlas Obscura.