A Nasa flagrou o momento em que um par de asteroides passaram pela Terra, nesta quinta-feira, enquanto viajam pelo espaço a 93 mil km/h. Um deles, 2011 UL21, ficou conhecido como "matador de planetas" pelo potencial destrutivo em caso de choque. O segundo foi descoberto poucos dias antes da passagem, o que gerou um alerta entre os especialistas para a necessidade de aprimorar os sistemas de detecção de objetos "potencialmente perigosos" em órbita.
Cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência espacial americana rastrearam a trajetória dos dois asteroides e registraram o fenômeno em vídeo, com a utilização do radar Goldstone. Os pesquisadores também mediram a extensão deles: O UL21 tinha quase três quilômetros de diâmetro e era "aproximadamente esférico", enquanto o 2024 MK foi descrito como um objeto "alongado e angular" de 150 metros de comprimento.
Ambos foram um sistema binário e são "potencialmente perigosos", de acordo com os cientistas. Seriam capazes de explodir detritos no impacto e desencadear alterações climáticas significativas, por exemplo.
Desta vez, os asteroides passaram a cerca de 6,6 milhões de quilômetros da Terra.
Foi a passagem mais próxima à Terra feita neste século pelo UL21, que orbita o Sol uma vez a cada 1.130 dias, em média. Os cálculos das órbitas futuras, porém, apontam que os asteroides não serão uma ameaça para a Terra tão cedo.
"A sua descoberta é particularmente importante porque podemos usar medições das suas posições relativas para estimar as suas órbitas, massas e densidades mútuas, que fornecem informações importantes sobre como podem ter se formado", disse um dos cientistas ao Mail Online.
Como é o asteroide 'matador de planetas'?
O UL21 tem entre 1,7 km e 3,9 km de largura, sendo maior que 99% dos asteroides próximos da Terra conhecidos.
Embora a escala de um potencial impacto seja muito menor do que a rocha que dizimou os dinossauros, esse asteroide poderia causar danos em escala continental.