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Por O Globo — Londres

A mãe de uma bebê que foi vítima da enfermeira britânica Lucy Letby, condenada à prisão perpétua por matar sete recém-nascidos, falou sobre a nova sentença da serial killer. Nesta sexta-feira, a criminosa foi condenada pela 15ª vez a ficar o resto da vida na cadeia. Ela foi declarada culpada pela tentativa de assassinato de outro bebê — "Baby K", sua oitava vítima — no hospital onde trabalhava.

A equipe da unidade de terapia intensiva do Hospital Countess de Chester, no noroeste da Inglaterra, em fevereiro de 2016, percebeu uma diminuição nos níveis de oxigênio da recém-nascida, que morreu três dias depois. Durante a audiência de sentença, a mãe de "Baby K" afirmou que seu "mundo desmoronou e mudou para sempre" com a morte da filha.

Segundo a imprensa britânica, em meio às lágrimas, ela contou sobre o "pesadelo indizível" de saber que a enfermeira que deveria estar cuidando de sua filha prematura, na verdade, a machucou quando ela estava mais vulnerável.

Após a leitura da sentença, pelo juiz James Goss KC, Lucy se dirigiu ao magistrado, com as palmas das mãos viradas para ele e afirmou: "Sou inocente". Segundo o Guardian, a família de "Baby K" ficou "chocada" com a reação da enfermeira.

A vítima morreu após uma transferência planejada do Countess of Chester, onde Letby trabalhava, para um hospital especializado. Sua morte não pôde ser atribuída à enfermeira. Como testemunha, a mãe disse: “O impacto e as reações que vivenciamos daquele dia em diante foram todos muito diferentes e continuam a ser uma parte de nossas vidas que a maioria das pessoas, incluindo nós mesmos, luta para entender, falar ou demonstrar apoio.”

Ela disse ao tribunal que foi choque quando a polícia ligou um ano depois para revelar que a morte de sua filha estava sob investigação. A mãe disse: "Ficamos em choque total, pois, pelo que podemos lembrar, meus cuidados e os cuidados do hospital foram excelentes. Era impensável que no momento mais crítico e necessário que alguém pensaria ou tentaria machucá-la conscientemente. Ela estava indefesa. Ela estava no lugar certo para ser cuidada".

15ª pena de prisão perpétua

Na abertura do caso, o promotor Nick Johnson alegou que a ex-enfermeira foi "praticamente pega em flagrante" por um consultor sênior quando os níveis de oxigênio da pequena estavam caindo.

A criança estava conectada a um respirador e a um monitor cardíaco e de saturação de oxigênio, com alarmes para alertar sobre qualquer irregularidade. Mas o consultor pediátrico Ravi Jayaram entrou na unidade neonatal e viu Letby em pé ao lado da bebê quando seus níveis de oxigênio caíram sem que o alarme soasse.

— Não só isso, mas Lucy Letby não estava fazendo nada — acrescentou o promotor, ao júri. — Sugerimos que o fato de Lucy Letby não estar fazendo nada e o fato de os alarmes não terem soado são evidências que permitem concluir que foi Lucy Letby, a assassina condenada, quem removeu o tubo [de respiração].

Em agosto de 2023, a enfermeira havia sido condenada à prisão perpétua por matar sete recém-nascidos prematuros e por tentar tirar a vida de outros seis no mesmo hospital, entre 2015 e 2016.

Esses atos a tornam a maior assassina de crianças na História moderna do Reino Unido.

No final deste primeiro julgamento, o júri não tinha chegado a um veredicto sobre outras seis tentativas de assassinato das quais ela era acusada, incluindo a de 'Baby K', o que motivou este novo processo. Letby negou a acusação de tentativa de homicídio.

Seu advogado, Ben Myers, disse que "as provas não apoiam o que é alegado".

Lucy Letby, que insiste em sua inocência e cujos motivos para os crimes nunca foram esclarecidos, não tem possibilidade de apelar contra a sentença de prisão perpétua, conforme determinaram os tribunais britânicos no final de maio.

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