G20 no Brasil
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Los Angeles se tornou o mais recente exemplo de que soluções baseadas na natureza reduzem o calor e amenizam o impacto de chuvas intensas. Integrante do C40, a rede global que reúne 96 cidades do mundo com o compromisso de combater as mudanças climáticas, a cidade do sul da Califórnia, que tem sofrido com extremos, conseguiu reduzir tanto problemas de saúde associados ao calor quanto os efeitos de enchentes com adaptações verdes.

Em um estudo publicado este mês na revista científica International Journal of Biometeorology, pesquisadores da Universidade da Califórnia disseram que foi possível conseguir uma redução de até 66% dos atendimentos médicos relacionados ao calor, como problemas cardíacos e agravamento de diabetes, plantando mais árvores e adotando medidas que fazem as superfícies refletirem em vez de absorver a radiação do sol. Entre essas medidas há coisas simples, como simplesmente pintar telhados de branco.

Uma das autoras do estudo, Edith de Guzman, explicou que os cientistas analisaram dados de ondas de calor, atendimento em hospitais, cobertura de vegetação urbana e nível de uso de superfícies “frias”. Eles também desenvolveram um algoritmo para simular o que aconteceria com bairros pouco arborizados e com pavimentação convencional escura e impermeável, caso adotassem medidas de adaptação verde.

Guzman, que também é diretora da Iniciativa para o Resfriamento de Los Angeles, destacou no artigo que os bairros mais pobres são os menos verdes e os que mais precisam de medidas de adaptação. Os pesquisadores observaram que as cidades não precisam se transformar em florestas, mas sim ter vegetação bem distribuída por todos os bairros.

A cidade também anunciou que sua estrutura de esponja (aumento de áreas verdes permeáveis e inundáveis e mudanças de pavimentação) contribuiu para que absorvesse 32 milhões de metros cúbicos de água, em apenas três dias de chuva intensa, em fevereiro. Esse volume de água é suficiente para o abastecimento de 100 mil residências por um ano.

Cidades do Brasil integram o C40

O C40 tem fomentado medidas de mitigação e adaptação urbana em todo o mundo. Cinco cidades do Brasil integram o grupo: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e Fortaleza, que aderiu em março.

A capital paulista teve quatro projetos entre os vencedores da quarta e mais recente edição de uma das iniciativas do C40, o concurso “Reinventando Cidades”, que apoia projetos urbanísticos de escritórios de arquitetura que reduzam as emissões de CO2, priorizem o verde e o pedestre.

Os projetos vencedores em São Paulo preveem a remodelação de áreas da zona central da capital paulista e que foram construídas no século XX, voltadas para o tráfego de veículos. Os projetos também contemplam, por exemplo, a reorganização do trânsito, a criação de um parque sob o Viaduto Santa Ifigênia, de uma praça, de um mirante e a ampliação das calçadas. Todos em áreas de grande circulação de pessoas e veículos.

O foco nos transportes é essencial para a redução das emissões de CO2. Dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) mostram que dos 5.570 municípios brasileiros, 5.068 têm no transporte sua principal fonte de emissões no setor de energia.

Além da premiação, o C40 apoia iniciativas das prefeituras participantes para a remodelação de áreas quentes em bairros-verdes. Em São Paulo, o foco é aumentar a qualidade de vida em Sapopemba, na Zona Leste da cidade, superpovoado, com baixa renda, pouquíssimo arborizado e conhecido pelas altas temperaturas.

No Rio de Janeiro, o C40 anunciou em 2023 o apoio a um projeto para criar infraestrutura verde no bairro de Oswaldo Cruz, um dos mais quentes da cidade. A ideia é conectar o Parque de Madureira, a quadra da Portela e a estação de trem com corredores verdes e com acessibilidade.

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