G20 no Brasil
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Por — Rio

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não acredita que uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos possa atrapalhar acordos estabelecidos com o país durante o G20.

— É difícil opinar sobre eleições em outro país. O que a gente deseja é que esse intercâmbio não seja visto como intercâmbio entre governos, mas entre Estados que têm uma relação muito antiga, que pode ser fortalecida com benefícios mútuos. Não é o Brasil pedindo um favor.

Após a abertura do evento paralelo ao G20 organizado pelos Emirados Árabes Unidos, sede da última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), ele contou a jornalistas que debateu com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, temas que “não são segredo”, como a necessidade de estruturar novas fontes de financiamento para enfrentar a fome, a mudança climática e assuntos correlatos.

— Nós temos insistido com os Estados Unidos que uma cooperação técnica entre os países que lideram a produção de energia limpa no mundo e podem fazer um intercâmbio tecnológico para acelerar a transmissão energética seria muito benéfico para o continente americano. Temos todas as condições de promover uma transformação ecológica mais acelerada em relação a outras regiões do mundo.

Haddad disse ainda que não conversou com Yellen sobre a taxação de super-ricos. O tema vem sendo tratado apenas no âmbito das equipes técnicas.

Na véspera, a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, informou que os representantes de Finanças e Bancos Centrais do G20 preparavam, além do comunicado oficial, uma declaração inédita sobre cooperação internacional em matéria tributária, que incluirá a taxação de grandes fortunas.

Relação com a China

Haddad também falou hoje sobre a relação com a China, defendendo que o Brasil "não pode escolher parceiro comercial", mas afirmou que o país busca fortalecer outras relações fortes no comércio exterior com os EUA e a União Europeia.

— Nós estamos, sem prejuízo dessa parceria enorme com a China, buscando aproximação com a Europa, no âmbito do acordo União Europeia-Mercosul, e também conversas com os Estados Unidos. Como oitava economia do mundo, não podemos ficar escolhendo parceiro em detrimento de outros. O Brasil tem tamanho para fazer parceria com esses três grandes blocos — afirmou, em conversa com jornalistas durante o evento paralelo à reunião de ministros de finanças do G20 que foi organizado pelos Emirados Árabes Unidos, sede da última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em um hotel da Zona Sul do Rio.

Haddad ainda defendeu uma abertura econômica global que promova equilíbrio de oportunidades entre os países. Apesar de avaliar como natural o fechamento de algumas economias às manufaturas da China, calcula que tal medida não é sustentável a médio ou longo prazo.

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