G20 no Brasil
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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 24/07/2024 - 04:30

Preparativos e benefícios do G20 no Rio

O Rio se prepara para o G20 com diversos eventos em julho e presença de autoridades importantes. Temas como combate à fome são destaque, com o presidente Lula participando de ações. A segurança é reforçada, com batedores e mudanças no trânsito. O evento traz benefícios econômicos e turísticos para a cidade. Maior ação de segurança será em novembro. Expectativa de aumento no turismo e ocupação hoteleira durante o evento.

A quatro meses de o Rio sediar a reunião da cúpula de chefes de Estado do G20, a cidade vive um “esquenta” neste mês. Ao todo, entre os dias 1º e 30 de julho, são 32 eventos distribuídos pelas Zonas Sul e Oeste, além da região central. O volume de atividades, o perfil das reuniões — com ministros de Estado e de presidentes de Bancos Centrais, por exemplo — e a variedade temática, como o combate à fome, energia e finanças, são coisas que só serão vistas novamente em conjunto em novembro, justamente quando ocorrerá o evento principal.

Quem enumera isso é o secretário municipal da Casa Civil e presidente do Comitê RioG20, Lucas Padilha. Segundo ele, enquanto o primeiro semestre foi de discussões e construção da agenda, este momento é de negociação sobre o que deve entrar nos documentos que serão lançados em novembro, quando será realizado o evento principal.

— Setembro e outubro serão muito importantes, mas, não como julho. Esse é o mês em que o Rio se torna a capital do G20 para valer. Por exemplo, estão na cidade a Janet Yellen (secretária do Tesouro dos EUA) e Michelle Bachelet (ex-alta comissária da ONU para Direitos Humanos e ex-presidente do Chile) — observa Padilha.

O maior número de autoridades e de formadores de opinião pela cidade são comemorados pelo Comitê RioG20, como a presença do presidente da Itália, Sergio Mattarella, na semana passada. Anteontem, no Galpão da Cidadania, na Gamboa, os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira; das Cidades, Jader Barbalho Filho; e do Planejamento, Simone Tebet, selaram um acordo para garantir acesso universal à água potável e ao saneamento básico. Nesta quarta-feira, no mesmo lugar, o presidente Lula, acompanhado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Desenvolvimento, Wellington Dias; e das Relações Exteriores participam de evento que formaliza os documentos de fundação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Isso é tratado por Lula como “o tema principal do G20”, conforme disse em entrevista. Na prática, a iniciativa estabelece um mecanismo para mobilizar recursos e conhecimento de países e entidades internacionais para implementar ações de combate à desigualdade e à fome. A Aliança deve ser lançada definitivamente em novembro.

O G20 tem como membros as 19 maiores economias do mundo, além das Uniões Europeia e Africana, além de países convidados. Ao longo do ano, como agora, são feitas negociações e reuniões, que formam a agenda que será apresentada em novembro. O Brasil, que assumiu a presidência do G20 no fim do ano passado, passará o comando do grupo para a África do Sul em dezembro.

Batedores e trânsito

Placas mencionando o Rio como a 'capital do G20' estão distribuídas pela cidade — Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Placas mencionando o Rio como a 'capital do G20' estão distribuídas pela cidade — Foto: Leo Martins / Agência O Globo

Pelas ruas, além de placas mencionando o Rio como a “capital do G20”, como as instaladas na fachada da prefeitura, na Praia de Copacabana, no Aterro do Flamengo e em frente ao Museu do Amanhã, já é possível cruzar com batedores sobre motos acompanhando o deslocamento de autoridades pela cidade.

No trânsito, há proibição de estacionamento no entorno da Praça Soldado Geraldo da Cruz, na Barra da Tijuca (até as 21h de sexta-feira), e do lado esquerdo da Rua Francisco Otaviano, em Copacabana. No bairro da Zona Sul, também há interdição parcial de duas pistas da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, entre a Rua Francisco Otaviano e a Avenida Rainha Elizabeth, das 6h às 9h, até sexta-feira.

Já na Gamboa, haverá inversão de mão na Rua da Gamboa, assim como implantação de mão dupla nas ruas Santo Cristo, União e Arlindo Rodrigues (pista sentido Centro), todas válidas até as 19h desta quarta-feira. Na Barra, entre a tarde e a noite de quinta e sexta, será implantada mão dupla nas ruas Martinho de Mesquita e na Rua Prudência do Amaral, entre a Avenida Lúcio Costa e a Praça Soldado Geraldo da Cruz.

Lucas Padilha pontua que o esquema de segurança no momento é “bastante ostensivo”, sob responsabilidade das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Ao todo, foram feitas quatro reuniões operacionais para planejar essa mobilização. A maior ação de segurança, no entanto, será implementada em novembro. Até lá, o número mais intenso foi visto nas ruas em fevereiro, quando a reunião de chanceleres ocorreu na Marina da Glória e reuniu 1.200 agentes federais.

Segundo a PRF, 60 batedores da corporação estão nas ruas do Rio neste momento, número que chega a 100, se somados apoios. Em novembro, o número será bem maior e serão 300 batedores só da PRF, além dos reforços. As Forças Armadas apoiam, além da escolta com batedores, a recepção em bases aéreas e com embarcações, fazendo o controle marítimo, informa o Ministério da Defesa.

Batedores aguardando autoridades que participavam do evento no Galpão da Cidadania, na Gamboa — Foto: Raquel Camargo / Divulgação / Prefeitura
Batedores aguardando autoridades que participavam do evento no Galpão da Cidadania, na Gamboa — Foto: Raquel Camargo / Divulgação / Prefeitura

Já a PM atua nas aéreas dos aeroportos durante o embarque e desembarque de delegações, assim como baseados nos locais dos eventos. Batalhões da Zona Sul — 2º BPM (Botafogo), 19º BPM (Copacabana) e 23º BPM (Leblon) —, do Centro (5° BPM - Praça da Harmonia), e da Zona Oeste (31° BPM - Recreio) estão com as atenções voltadas para os pontos de concentração e eventos, e receberam efetivo extra.

Tudo é acompanhado do Centro de Operações Rio (COR), centro de monitoramento da cidade, que está recebendo ainda órgãos federais e estaduais.

Legado e turismo

Conforme O GLOBO mostrou na última sexta-feira, o Museu de Arte Moderna e os seus jardins passam por recuperação e obras de melhoria, com custo na casa dos R$ 30 milhões. Essa será a única obra realizada para sediar o G20.

Além de legado operacional e logístico, com a experiência de dar conta de um evento deste tamanho, Lucas Padilha menciona que essa “exposição internacional da cidade se traduz em benefícios na ponta”. Após visitas de representantes de grandes empresas para eventos do G20, está sendo ofertado curso de formação para mais de 20 mil mulheres (oferecido pelo Google) e doações de equipamentos eletrônicos para os Ginásios Experimentais Tecnológicos (GETs), fornecidos pela Samsung.

— O Rio de Janeiro está sentindo que pode ser levado a sério, que é uma cidade séria, que consegue entregar um evento que funciona e que cria um legado positivo para a cidade — diz Padilha.

O turismo nesse momento também é uma das virtudes comemoradas no município. Alfredo Lopes, presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagens do Rio (HotéisRio), reconhece que há aumento de procura. Nesses casos, o perfil, pontua ele, é diferente do turista tradicional. Em vez de busca por pontos turísticos, o que esses visitantes costumam fazer é ir um restaurante bem avaliado ou a um shopping de luxo caso tenham algum dia livre.

Para novembro, a expectativa é de cidade cheia. Em Copacabana, por exemplo, a ocupação pode chegar a 80%, projeta o HotéisRio (o normal para o período seria de 65%). Já a rede Windsor trata o G20 como um dos “principais eventos da cidade” nesse segundo semestre, ao lado do Rock In Rio e do réveillon. A previsão é fechar 100% de ocupação em seus 15 hotéis na cidade.

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