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Por Giovanna Durães* — Rio de Janeiro

Os destroços do submersível Titan, que implodiu no fundo do Atlântico enquanto tentava alcançar os destroços do Titanic, foram trazidos de volta à terra nesta quarta-feira. Os pedaços de metal, incluindo o nariz com a vigia que os cinco homens usariam para ver o naufrágio, foram descarregados do navio Horizon Arctic em um cais da Guarda Costeira canadense pela manhã. Junto da carcaça do submarino, também foi encontrado matéria orgânica, supostamente restos mortais dos passageiros.

Partes que foram encontradas do submarino

Dentre o material encontrado, estava um objeto cheio de cabos, partes mecânicas e grandes placas de metal branco, que aparentam ser parte da cobertura externa do submarino e sua estrutura de pouso. Uma das peças é grande e circular, semelhante à seção localizada na extremidade traseira do casco. Outra lembra as antenas que se projetavam do topo de Titan.

Imagens mostram partes que foram encontradas nas buscas pelos destroços do submarino Titan — Foto: Editoria Arte O Globo
Imagens mostram partes que foram encontradas nas buscas pelos destroços do submarino Titan — Foto: Editoria Arte O Globo

As peças foram cobertas por grandes lonas, antes de serem levantadas por guindastes e levadas para caminhões.

O desembarque das peças ocorre exatamente dez dias após o desaparecimento do submersível, durante uma viagem turística realizada pela OceanGate Expeditions. Após uma grande missão de busca e resgate, os destroços foram descobertos no fundo do mar na última quinta-feira, indicando que uma 'implosão catastrófica teria matado todos os cinco tripulantes.

Local dos destroços do submarino

A Guarda Costeira dos EUA lançou uma investigação para entender a causa da implosão subaquática. No entanto, este desfecho já havia sido repetidamente cogitado por especialistas, que afirmam que a embarcação não era adequada para alcançar tanta profundidade. De acordo com eles, o casco de fibra de carbono não era adequado para o propósito e também alertaram sobre sua janela de visualização, que não foi certificada para mergulhos deste tipo.

Infográfico mostra local onde destroços foram encontrados e a distância para porto no qual foram desembarcados — Foto: Editoria Arte O Globo
Infográfico mostra local onde destroços foram encontrados e a distância para porto no qual foram desembarcados — Foto: Editoria Arte O Globo

A entidade responsável pela busca por respostas é o Conselho de Investigação Marinha (MBI), o mais alto nível de investigação da Guarda Costeira. Segundo Jason Neubauer, investigador-chefe e líder do Conselho, o MBI já está na fase inicial de coleta de evidências, incluindo operações de resgate de detritos no local do incidente.

— Meu objetivo principal é evitar uma ocorrência semelhante, fazendo as recomendações necessárias para aumentar a segurança do domínio marítimo em todo o mundo — disse Neubauer.

Supostos restos mortais dos tripulantes do submarino

Destroços e supostos restos humanos do submersível Titan foram recuperados e devolvidos à terra, anunciou a Guarda Costeira dos EUA na noite de quarta-feira, quase uma semana após o término de uma operação internacional de busca e resgate. Os cinco passageiros da embarcação foram dados como mortos.

Profissionais médicos dos Estados Unidos “realizarão uma análise formal de supostos restos humanos que foram cuidadosamente recuperados nos destroços no local do incidente”, disse a Guarda Costeira em um comunicado.

Os restos do Titan foram encontrados na última quinta-feira em um campo de destroços no fundo do mar, a 500 metros da proa do Titanic. O naufrágio fica a quase quatro quilômetros abaixo da superfície do oceano e a mais de 640 km da costa de Terra Nova, no Canadá.

Além da marinha americana, os canadenses afirmaram também estarem realizando sua própria investigação. Foi o cargueiro Polar Prince, de bandeira canadense, que rebocou o Titan para o mar no fim de semana do desaparecimento, mas perdeu contato com ele cerca de 1 hora e 45 minutos depois que o submersível foi lançado nas profundezas do oceano.

As vítimas foram o aventureiro britânico Hamish Harding, pai e filho Shahzada e Suleman Dawood, o presidente-executivo americano da empresa responsável pela embarcação, Stockton Rush, e o francês Paul-Henri Nargeolet.

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