Mundo
PUBLICIDADE

Por O Globo e agências internacionais — Rio de Janeiro

A fase atual do conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas se aproxima de completar uma semana e não há sinais de um cessar-fogo ou de resoluções iminentes. O exército israelense mantém de pé a operação Espadas de Ferro e vem exercendo seu poderio militar em cerco contra o grupo na Faixa de Gaza. Com muito menos força bélica (entre o que é conhecido), o Hamas, por sua vez, se infiltrou em territórios e sequestrou reféns, seguindo estratégias já utilizadas antes, mas incrementadas no ataque de sábado. Uma guerra marcada por táticas que ajudam a contornar essa diferença de forças.

Soldados israelenses na fronteira com a Faixa de Gaza — Foto: Menahem KAHANA / AFP
Soldados israelenses na fronteira com a Faixa de Gaza — Foto: Menahem KAHANA / AFP

No ataque de sábado, por exemplo, o Hamas teria conseguido, segundo especialistas, superar em alguns pontos e momentos a defesa do Domo de Ferro, o sistema antiaéreo israelense que detecta e elimina mísseis e foguetes em raios de 4 a 70 quilômetros de distância. As Forças de Defesa de Israel (IDF) não confirmam de forma exata, mas os bombardeios simultâneos, em grandes quantidades e de direções diferentes teriam ajudado a sobrecarregar o sistema.

Taticamente, a movimentação nas fronteiras contou com uso de drones que cortaram comunicações e sistemas remotos antes da invasão do território, o que surpreendeu a IDF, segundo relatos dados ao jornal americano New York Times. Publicamente, há poucos registros dos equipamentos militares do Hamas, que, naturalmente, não deixa públicas informações sobre seu arsenal. Há informações de pelo menos cinco principais tipos de mísseis e foguetes já utilizados ao longo dos últimos anos no conflito, como os da série Fajr e Qassam, além de outros de maior alcance. Munições que têm o Irã como origem suspeita.

Veja infográfico que compara poderios de guerra do Hamas e de Israel — Foto: Editoria de Arte
Veja infográfico que compara poderios de guerra do Hamas e de Israel — Foto: Editoria de Arte

Segundo a IDF, o grupo já disparou mais de 5 mil mísseis contra alvos israelenses desde sábado, matando 169 soldados do país. As forças também afirmam que já atingiram mais de 2.600 alvos terroristas na Faixa de Gaza. Por outro lado, alegam que detectaram disparos de mísseis vindos do Líbano, território de outro grupo extremista alinhado com o o Hamas: o Hezbollah.

Uma participação intensa do grupo poderia diminuir as diferenças, ao menos em número, entre as duas forças: de acordo com dados abertos da CIA, o Hamas conta com 20 a 25 mil integrantes, incluindo o braço armado, a Brigadas Izz al-Din al-Qassam. O Hezbollah, de 45 a 100 mil. Mas o envolvimento entre os grupos e a participação de fato desses efetivos é proporcionalmente incerta. Do outro lado, Israel tem exército estimado em 170 mil soldados da ativa, com mais de 400 mil na reserva — cerca de 300 mil foram convocados, maior movimentação do gênero.

Soldados de Israel em Kfar Aza, no sul do país — Foto: Thomas COEX / AFP
Soldados de Israel em Kfar Aza, no sul do país — Foto: Thomas COEX / AFP

As forças israelenses, que nas últimas décadas investiram fortemente em tecnologia de segurança, têm amplo arsenal de caças, tanques e embarcações, mas que naturalmente não é empregado em sua totalidade no conflito, hoje concentrado nos arredores de Gaza. O Hamas, por sua vez, conta com o intrínseco sistemas de túneis que ajudaria na produção e transporte de armamento, mas que tem bloqueios nas fronteiras. Desde sábado, também mostra ter reunido inteligência suficiente sobre as defesas de Israel para surpreender no confronto.

O conflito já deixou mais de 2 mil pessoas mortas. Cerca de 1.200 no lado israelense e 900 no lado palestino na Faixa de Gaza. O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir nesta sexta-feira para debater medidas relativas ao confronto.

Conflito em Israel:

Mais recente Próxima Grupo de 13 brasileiros está alojado em escola em Gaza; Brasil avisa Israel para não bombardear

Inscreva-se na Newsletter: Guga Chacra, de Beirute a NY

Mais do Globo

Investigada por possível lavagem de dinheiro, influenciadora segue presa

Rapper Oruam pede liberdade para Deolane Bezerra e manda recado nas redes: 'Se não soltar, vamos buscar'

Projeção anterior de analistas de mercado, divulgada pelo Focus, era de 10,5%

Previsão de juros em 2024 salta para 11,25% ao ano, após PIB forte e deterioração das contas públicas

Em entrevista ao GLOBO, a jovem de 18 anos explica como venceu expectativa de vida de seis meses. Ela espera um bebê que se chamará Arthur

Acusada de aplicar golpes na internet: Isabel Veloso está em estado terminal, mas promete ressarcir seguidores

Provável destino do atacante de 24 anos pode ser o Fenerbahçe, da Turquia, time treinador por José Mourinho

Manchester United quer emprestar brasileiro Antony ainda neste mês, diz jornal

Gisèle Pelicot foi vítima de abusos de mais de 70 homens entre 2011 e 2020, segundo a acusação

Francesa dopada pelo marido para que estranhos a estuprassem consegue o divórcio após 50 anos

Segundo governo, 970,.037 pessoas aplicaram a prova no total

CNU: candidatos terão acesso ao cartão de respostas a partir desta terça

Especialistas preveem que regras sejam publicadas ainda este ano. Confira o que está para sair

Depois do CNU: Banco do Brasil, Correios e INSS, veja os concursos com edital previsto

Em 2016, com recessão e Lava-Jato, rombo chegou a R$ 155,9 bilhões. Pressão política para investir em infraestrutura preocupa analistas, que defendem regras de gestão mais rígidas

Fundos de pensão de estatais ainda têm déficit de R$ 34,8 bi e acendem alerta sobre ingerência política

Ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, afirmou que Madri atendeu a um pedido de González ao conceder asilo e disse que portas estão abertas para outros opositores

Espanha não ofereceu 'contrapartida' a Maduro para retirar González Urrutia de Caracas, diz chanceler da Espanha