Os alunos Xavier Lopez, José Flores Jr. e Uziyah Garcia, e as professoras Irma Garcia e Eva Mireles, vítimas do atirador matou que matou pelo menos 21 pessoas na terça-feira, em uma única sala de aula na Robb Elementary School, no Texas, têm algo em comum: todos têm sobrenomes latinos.
A Robb Elementary, uma escola primária na pequena cidade de Uvalde, conta com 535 alunos que estudam da segunda à quarta série no ano letivo de 2020-21, de acordo com dados estaduais. Destes, cerca de 90% são latinos e cerca de 81% são considerados pobres, segundo os dados. A próxima quinta-feira era o último dia de aula antes das férias de verão.
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A cidade, de maioria latina, tem cerca de 16 mil habitantes e fica localizada na região sul do Texas, a cerca de 100 quilômetros da fronteira com o México. O próprio atirador, identificado como Salvador Ramos, de 18 anos e morto por policiais, tinha origem latina. Ele era morador da cidade e estudou no ensino médio em uma instituição próxima ao local.
O ataque foi o oitavo em 13 anos no Texas, onde o governo estadual, dominado pelos republicanos, vêm relaxando ao longo dos anos as leis sobre armas. A última legislação nesse sentido, aprovada em setembro do ano passado, permite que a maioria dos cidadãos que possuem legalmente uma arma de fogo a carreguem abertamente em público – sem necessidade de obter uma licença ou realização de treinamento.
A polêmica lei, sancionada pelo governador republicano Greg Abbott, foi criticada por especialistas que alertam para as dificuldades de controle do aumento da violência armada no estado.
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