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Por O Globo; Agências Internacionais — Uvalde, EUA


Memorial para as vítimas do ataque a tiros na Robb Elementary School, no Texas, EUA — Foto: Michael M. Santiago/Getty Images/AFP
Memorial para as vítimas do ataque a tiros na Robb Elementary School, no Texas, EUA — Foto: Michael M. Santiago/Getty Images/AFP

A polícia do Texas informou nesta terça-feira que o atirador que invadiu uma escola na cidade de Uvalde e matou 21 pessoas na semana passada entrou no local por uma porta que deveria estar trancada, impedindo o acesso de alguém pelo lado de fora, mas cuja tranca não funcionou por algum motivo ainda não explicado.

A nova versão é diferente de suspeitas iniciais que indicavam que uma professora havia deixado uma entrada da Robb Elementary School aberta, o que violaria uma política da instituição de educação, que obriga os funcionários a manter as portas fechadas e trancadas.

Segundo o Departamento de Segurança Pública do Texas (DPS), que está investigando a resposta da polícia ao ataque, a funcionária fechou a porta assim que o atirador Salvador Ramos, de 18 anos, entrou no campus. Don Flanary , advogado da mulher que não teve a identidade revelada, contou ao jornal San Antonio Express-News na terça-feira que ela "achou que a porta trancaria porque sempre deveria estar trancada".

O advogado disse ainda que, inicialmente, a professora havia impedido que a porta fechasse com uma pedra, para que pudesse transportar comida para uma sala de aula usando um carrinho, mas que "chutou a pedra quando voltou" depois de perceber que uma pessoa armada estava no campus.

O porta-voz do Texas DPS, Travis Considine, informou que imagens das câmeras de segurança confirmaram que a porta estava fechada. Ele disse que os investigadores agora estão apurando por que ela não foi bloqueada.

— Ela voltou enquanto estava ao telefone, ouviu alguém gritar: 'Ele tem uma arma!', o viu [o atirador] pular a cerca com uma arma, então correu de volta para dentro — disse Considine, reforçando que funcionária removeu a pedra ao entrar novamente no prédio.

Críticas sobre ação da polícia

No início desta semana, a polícia de Uvalde admitiu ter tomado “a decisão errada” ao esperar 78 minutos para entrar nas salas de aula onde 21 pessoas morreram, acreditando que “não havia crianças em risco”. A declaração veio após testemunhas acusarem os agentes de segurança de terem demorado muito para responder ao massacre, o pior do tipo em quase uma década nos EUA.

Quase 20 policiais esperaram do lado de fora das classes, apesar dos pedidos de ajuda. Ao menos duas crianças e uma professora ligaram para o 911, número dos serviços de emergência nos EUA, após o atirador entrar nas salas adjacentes com uma arma semiautomática do tipo AR-15, disse o coronel Steven McCraw, diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas, em uma tensa entrevista a jornalistas.

Ramos entrou na escola às 11h28 da terça-feira da semana passada, quando começou a disparar contra as janelas. Simultaneamente, um agente da guarda escolar que respondia ao chamado “passou pelo suspeito” sem notar, em busca de alguém que acreditava ser o atirador. Essa pessoa, disseram as autoridades, era na verdade um professor.

Os agentes de segurança só entrariam nas salas por volta das 12h50, afirmou McCraw, quando uma equipe tática da polícia de fronteira usou as chaves de um zelador para destrancar a porta da sala de aula e, em seguida, matar o suspeito. Policiais especializados haviam chegado 35 minutos antes, mas a polícia local não os deixou avançar.

O chefe do departamento policial do distrito escolar, a pessoa responsável pela operação, acreditava que Ramos havia feito uma barricada e que as crianças não estavam em risco, disse McCraw na última quinta-feira. Isso daria às autoridades tempo para se preparar:

— Obviamente, baseado nas informações que temos, havia crianças naquela sala que ainda estavam em risco — afirmou. — Com o benefício de saber o que sei agora, claro, não foi a decisão certa. Foi a decisão errada. Ponto final.

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