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Por O Globo, El País

O novo governo da direita radical da Itália, comandado por Giorgia Meloni, autorizou neste domingo o desembarque de 144 mulheres grávidas, doentes e menores de idade resgatados no Mediterrâneo por um navio da associação SOS Humanity, mas recusou-se a desembarcar 35 homens adultos, informou a ONG.

Três menores e um bebê foram os primeiros a desembarcar do Humanity 1, navio de bandeira alemã, nas primeiras horas do dia, seguidos por adultos com problemas médicos, disse Petra Krischok, assessora de imprensa da organização, à AFP.

Meloni está começando a pôr em prática sua política anti-imigração. Há dias, quatro barcos de ONGs com mais de mil imigrantes aguardavam para desembarcar em um porto seguro na costa do país. No entanto, conforme o anúncio feito pela premier na última sexta-feira após uma reunião do Conselho de Ministros, apenas mulheres grávidas, crianças e pessoas com alguma enfermidade poderão desembarcar no país.

De acordo com a nova política, o restante terá que permanecer nos navios e em águas internacionais até que os países das bandeiras dos navios assumam a responsabilidade por seus passageiros. Se não o fizerem, serão considerados "navios piratas", afirmou Meloni.

No entanto, o governo italiano desta vez não quer criar tantos atritos com a União Europeia — como fez o líder do partido de extrema direita Liga, Matteo Salvini, quando era ministro do Interior. Por isso, aceitou no sábado à noite o desembarque seletivo de parte dos 179 imigrantes a bordo do Humanity 1. A embarcação foi a primeira dos quatros barcos a pedir ajuda e Berlim havia exigido através dos canais diplomáticos que ela fosse "rapidamente" autorizada a ancorar.

Os 144 imigrantes que puderam desembarcar foram acomodados em barracas no porto da cidade siciliana de Catânia, no Sul do país. O deputado Aboubakar Soumahoro foi ao local e disse em suas redes que "selecionar náufragos é contra a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar".

— A vida humana deve estar sempre em primeiro lugar. Devemos proteger a saúde de todas as pessoas, assegurando que elas possam solicitar asilo. Aqueles que desembarcam na Itália desembarcam na Europa — disse ele.

Mas a decisão já havia sido tomada. O Ministro do Interior, Matteo Piantedosi, e o vice-primeiro-ministro Salvini, que também detém a pasta da Infraestrutura, que trata dos portos, assinaram um decreto proibindo o navio de "permanecer em águas nacionais além do tempo necessário para garantir as operações de assistência às pessoas que sofrem de condições de emergência ou de saúde precárias".

Os próximos dias serão ainda mais tensos, porque três outros barcos, com mais de 800 migrantes resgatados há semanas no mar, ainda aguardam a luz verde para entrar em um porto seguro na Grécia, em Malta ou na Itália.

Dois deles estão em águas territoriais italianas, após o governo italiano ter dado permissão para se abrigarem de uma grande tempestade: o Geo Barents, da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), com 572 resgatados e hasteando a bandeira norueguesa, e o German Rise Above, com 93 imigrantes, dos quais dois foram removidos no sábado por razões médicas. Um quarto navio, o Ocean Viking, da organização SOS Mediterrâneo, com outros 234 migrantes a bordo e de bandeira norueguesa, permanece fora do limite da cidade de Catânia.

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