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Por AFP — Santa Cruz, Bolívia

Há 20 dias, parte da população de Santa Cruz — maior departamento (estado) da Bolívia e centro econômico do país — realiza uma série de protestos exigindo do governo do presidente Luis Arce um novo censo em 2023, adiado por conta da pandemia. O objetivo é atualizar a representação legislativa e a quantidade de fundos recebidos do Estado com base nos números populacionais atualizados, que manifestantes acreditam ser superior às últimas estatísticas. Segundo um balanço oficial divulgado nesta quinta-feira, quatro pessoas morreram, uma mulher foi estuprada e 178 ficaram feridos durante os conflitos.

— [Há] quatro pessoas mortas, pelas quais expressamos nossas mais sinceras condolências; um caso de estupro coletivo e temos 178 denúncias de feridos — disse a Ministra da Presidência, María Nela Prada, em entrevista coletiva.

A ministra informou que as quatro mortes foram registradas entre outubro e em novembro. Até o momento, apenas uma morte era de conhecimento público desde o início dos protestos, no último dia 22.

Duas das mortes ocorreram durante conflitos entre apoiadores pró-governo e oposição nas ruas de Santa Cruz. As demais foram fruto de acidentes no trânsito, nos quais motoristas chocaram seus veículos contra barricadas utilizadas por manifestantes para bloquear as vias.

De acordo com o mesmo relatório, o estupro aconteceu em outubro.

Prada enfatizou que as autoridades devem "agir rapidamente para garantir que a justiça seja feita e que esses eventos nunca mais aconteçam".

Fortaleza da oposição ao presidente boliviano, Luis Arce, Santa Cruz está isolada do restante do país com bloqueios de ruas, avenidas e estradas interdepartamentais desde que começaram os protestos. O governo alega que não há recursos técnicos para realizar o censo no próximo ano, mas sim em 2024, um ano antes das eleições presidenciais.

Nesta semana, o governo e a oposição de Santa Cruz buscaram uma tentativa de acordo, que acabou fracassando. O Poder Executivo indicou que está pronto para emitir um decreto presidencial ratificando uma data para a contagem da população. Contudo, a oposição do departamento reiterou que vai endurecer as medidas e manterá a pressão.

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