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Por Bruno Góes — Brasília

Após reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Mercosul e União Europeia devem fechar acordo de comércio até julho deste ano. Em coletiva, o petista ressaltou, contudo, que haverá mudanças nos textos do acordo, que já estava finalizado e em fase de pequenos ajustes e revisão.

— Alguma coisa tem que ser mudada. Não podem algumas coisas que estão lá. Temos que ser flexíveis, e eles também. Uma coisa que para nós é muita clara é (a questão das) compras governamentais. É uma forma de fazer crescer pequenas e médias empresas com investimento do governo. Estaríamos jogando fora uma forma de desenvolver essas empresas (se fossemos impedidos) — disse Lula.

O presidente brasileiro lembrou ainda que, em seus mandatos anteriores, "quase" chegou a concluir o acordo. Mas isso não ocorreu por causa do protecionismo de setores agrícolas da França e a vontade de Brasil e Argentina preservarem suas indústrias.

— Quero dizer que nós vamos fechar esse acordo até o fim deste semestre. Para que a gente possa discutir outras coisas. Nós queríamos também para pedir acordo para que a OMC (Organização Mundial do Comércio) volte a funcionar.

Olaf Scholz também ressaltou a importância de o acordo ser fechado.

— O acordo Mercosul e UE é de interesse das duas partes. E por isso precisamos preparar o caminho para fortalecer nossas economias — disse o alemão.

O encontro de Lula com o chanceler alemão ocorre menos de uma semana após a visita do presidente à Argentina e ao Uruguai. Em Montevidéu, o petista se comprometeu a acelerar o acordo com os europeus, para tentar frear a negociação dos uruguaios com os chineses por um tratado de livre comércio.

Nesta segunda-feira, também no Planalto, empresários de ambos os países mantiveram outra reunião. Mais cedo, o governo alemão anunciou um pacote de 200 milhões de euros em investimentos na proteção da Amazônia e no incentivo a energias renováveis no Brasil. Entre as medidas anunciadas está a liberação de 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia.

O retorno dos investimentos estrangeiros no fundo era uma das mudanças mais aguardadas pelo novo governo. O apoio foi interrompido logo no início do governo de Jair Bolsonaro em meio às dúvidas de governos europeus em relação ao interesse do mandato do ex-presidente na redução do desmatamento.

O Itamaraty já anunciara que os recursos destinados ao Fundo Amazônia se dividiram em duas partes: 10 milhões de euros para projetos de bioeconomia e outros 21 milhões de euros para ações de combate ao desmatamento.

Além desse investimento, o anúncio, feito pela ministra da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, também indica o apoio a um fundo garantidor de eficiência energética para pequenas e médias empresas, um projeto para reflorestamento de áreas degradadas, empréstimo a juros reduzidos para agricultores que reflorestarem suas terras e apoio a estados da Amazônia na implementação de ações para proteção florestal.

O embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thomas, publicou as medidas em suas redes sociais. Mais cedo, a ministra Schulze se encontrou com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.

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