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Por AFP — Caracas

Jorge Rodríguez, chefe da delegação do chavismo na mesa de negociações com a oposição venezuelana no México, condicionou, nesta terça-feira, a continuidade deste processo à liberação de aproximadamente US$ 3 bilhões em recursos bloqueados, que foi acordada na última reunião.

— Se não for cumprida a devolução ao povo da Venezuela dos US$ 3,2 bilhões que foram roubados, que haviam sequestrado e que havíamos acordado que seriam devolvidos, pois não há nenhuma razão para continuar um diálogo com gente sem palavra — disse Rodríguez, presidente do Parlamento de maioria governista, durante uma sessão.

Na última reunião no México, no fim de 2022, as partes concordaram com a liberação desses valores, parte dos fundos bloqueados pelas sanções internacionais contra o presidente Nicolás Maduro, que serão manejados pela ONU para financiar projetos sociais.

— Esperamos esse depósito para seguir com as conversas, para que tenham validade — disse Maduro na semana passada em sua mensagem anual no Parlamento.

Até agora, não há notícias sobre a mobilização do dinheiro. O Escritório de Controle de Ativos Financeiros (Ofac, na sigla em inglês) dos Estados Unidos não respondeu de imediato a um pedido de comentário da AFP.

A advertência de Rodríguez acontece dias depois da eliminação do simbólico governo interino liderado por Juan Guaidó desde 2019, em meio a fissuras profundas dentro da oposição.

Sobre a decisão de acabar com a interinidade de Guaidó, Leopoldo López, que integra a ala mais radical da oposição venezuelana, acusou delegados da oposição nas negociações no México de atuarem em favor dos interesses do governo chavista.

Os diálogos no México foram retomados em novembro de 2022, após 15 meses de suspensão devido à extradição aos Estados Unidos do empresário Alex Saab, acusado de lavagem de dinheiro e apontado como "laranja" de Maduro.

O chavismo exige o fim das sanções financeiras impostas com maior rigor pelos Estados Unidos, que não reconhece a reeleição de Maduro em 2018. Por sua vez, a oposição pede um cronograma para as eleições presidenciais previstas para 2024, com garantias e a suspensão das inabilitações de possíveis candidatos.

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