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Por Bloomberg — Moscou

A Rússia vai expandir o seu Exército para 1,5 milhão de pessoas, um aumento de quase 50% no contingente, e criará novos comandos perto da Europa, em meio a tensões cada vez maiores com os EUA e seus aliados após a invasão à Ucrânia.

Novas estruturas serão criadas sob o programa nas regiões nos arredores de Moscou, São Petersburgo e Carélia, na fronteira com a Finlândia, disse o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, aos comandantes nesta terça-feira. Segundo ele, a adoção das principais mudanças começará este ano e continuará até 2026. Além disso, afirmou, unidades “autossuficientes” serão instaladas nos territórios ucranianos que a Rússia anexou ilegalmente.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a expansão militar ocorreu em resposta à “guerra por procuração” que ele alegou que os EUA e seus aliados estão travando contra a Rússia na Ucrânia, informou a agência estatal Interfax.

O presidente russo, Vladimir Putin, aprovou no mês passado o plano de Shoigu de aumentar o tamanho de suas Forças Armadas do nível atual de 1,15 milhão, mas o Kremlin não disse com que rapidez isso acontecerá.

Shoigu disse que a expansão será espalhada por todos os ramos das Forças Armadas da Rússia e será coordenada com a entrega de novas armas para equipá-los, disse o Ministério da Defesa em comunicado.

A Rússia criará três novas divisões de infantaria motorizada e duas divisões aerotransportadas, combinando várias brigadas, disse Shoigu em comentários publicados no canal Telegram do ministério.

O ministro também pediu atenção especial ao recrutamento de soldados contratados para completar as fileiras do Exército. Em 21 de dezembro, o ministro citou o objetivo de contar com 695 mil soldados contratados.

Desde que ordenou a invasão há quase um ano, Putin estabeleceu planos para reverter anos de reduções no contingente das Forças Armadas da Rússia. O Kremlin não disse como vai recrutar todas as novas tropas, mas propôs aumentar a idade de alistamento, o que pode aumentar o número de homens elegíveis.

A Rússia disse várias vezes que planeja aumentar os destacamentos no Noroeste, região mais perto da Europa, em resposta a uma expansão pendente da Otan, onde a Finlândia e a Suécia estão em processo de adesão, com seus pedidos ratificados por 28 dos 30 membros da aliança. A entrada dos países nórdicos no bloco militar duplicaria a fronteira terrestre da aliança com a Rússia.

A Rússia anunciou a mobilização "parcial" de seus cidadãos para a guerra contra a Ucrânia no final de setembro, com o objetivo oficial de recrutar mais 300 mil homens para a tarefa. Desde então, várias fontes, incluindo o Estado-Maior ucraniano, relataram que a mobilização continuou secretamente muito depois de ter sido anunciado seu encerramento.

Autoridades ucranianas especulam que Moscou anunciará uma nova rodada de mobilização, possivelmente junto com a lei marcial e o fechamento de fronteiras, em um futuro próximo.

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