Os Estados Unidos apresentaram ao México um pedido formal para a extradição de Ovidio Guzmán, filho do traficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, informaram nesta segunda-feira fontes do governo mexicano.
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A embaixada americana apresentou à chancelaria e à Procuradoria-Geral o expediente, pelo qual acusa Ovidio Guzmán — um dos líderes do cartel de Sinaloa — de tráfico de drogas, detalhou à AFP um porta-voz do governo que pediu para não ser identificado.
Guzmán filho, conhecido pelo apelido El Ratón, foi preso em 5 de janeiro na cidade de Culiacán, capital do estado de Sinaloa, no Noroeste do México, em uma operação que causou cenas de terror e deixou 29 mortos, entre eles 10 militares e 19 supostos criminosos. A ação ocorreu apenas quatro dias antes da visita do presidente americano Joe Biden e do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, para a Cúpula de Líderes da América do Norte, realizada no país.
Autoridades e especialistas em narcotráfico afirmam que o homem de 32 anos, assim como três de seus irmãos, herdaram o controle sobre o cartel de Sinaloa de El Chapo. Juntos, os irmãos são conhecidos como Los Chapitos.
Guzmán pai foi extraditado aos Estados Unidos em 2017 para ser julgado por um tribunal de Nova York, onde foi declarado culpado de crimes relacionados com o contrabando de drogas e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado a prisão perpétua em 2019.
Após ser capturado em janeiro, Ovidio Guzmán obteve uma suspensão judicial para impedir que fosse entregue imediatamente à Justiça americana. No entanto, o juiz que concedeu o recurso deu o prazo de até 5 de março para que Washington apresentasse o pedido de extradição.
O governo americano, que oferece como recompensa US$ 5 milhões (R$ 26 milhões) por cada um dos herdeiros do cartel, acusa Ovidio Guzmán e seu irmão Joaquín de conspiração para exportar cocaína, metanfetamina e maconha.
O governo mexicano acusa Ovidio Guzmán por crimes contra a saúde e porte de armas de fogo, embora também existam investigações ligadas ao crime organizado.
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