No dia em que a invasão russa em território ucraniano, que gerou a guerra no leste europeu, completa um ano, o presidente Volodymyr Zelensky gravou um vídeo à população. Na mensagem, em que promete "derrotar todos", o político admite ter sido um "ano de dor, tristeza, fé e união". Além disso, o líder da Ucrânia afirmou que fará o possível para vencer o conflito em 2023.
— Somos fortes. Estamos preparados para tudo. Derrotaremos todos, porque somos a Ucrânia — declarou ele, na gravação divulgada nas redes sociais.
Zelensky afirmou ainda que "cada ucraniano perdeu alguém próximo" desde a invasão, e que a Ucrânia não vai parar até que os russos "sejam punidos". Ele também destacou que as cidades de Bucha, Irpin, Kherson e Mariupol — cenários de atrocidades atribuídas aos russos, símbolos da ocupação ou da resistência do exército de Kiev — são as "capitais da invencibilidade".
— Nunca os perdoaremos. Nunca descansaremos até que os assassinos russos sejam punidos. Pelo tribunal internacional, pelo julgamento de Deus ou por nossos soldados —, acrescentou.
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— Um ano atrás, neste dia, deste mesmo lugar por volta das sete da manhã, eu me dirigi a vocês com uma breve declaração, durando apenas 67 segundos. A principal conclusão é que sobrevivemos. Não havíamos sido derrotados. E vamos fazer de tudo para vencer este ano — disse ele.
Pouco depois, o ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, anunciou no Facebook que o país prepara uma contraofensiva para atacar o exército russo. "Atacaremos com mais força e a partir de distâncias maiores, no ar, em terra, no mar e no ciberespaço. Nossa contraofensiva vai acontecer. Estamos trabalhando duro para prepará-la", revelou Reznikov.
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Como tudo começou
A invasão da Ucrânia pela Rússia começou na manhã de uma quinta-feira com ataques por terra, mar e ar no que é considerado o maior ofensiva militar de um Estado europeu a outro desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Combates com militares ucranianos ocorreram principalmente nas regiões de Sumy, Kharkiv e Kherson.
Após um dia de bombardeios e combates terrestres em cidades e vilas próximas, as tropas de Vladimir Putin chegam a Kiev, a capital da Ucrânia, através de três eixos principais: norte, sul e leste do país. O ataque começou com helicópteros ainda na madrugada. Pontes foram destruídas pelos ucranianos e explosões foram ouvidas em toda a cidade. Em sua fase inicial, o conflito estruturou-se em 4 frentes: em Kiev, em Karkhiv, na região separatista de Donbass e no Sul.
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Passado um mês de conflito, os ucranianos resistem no norte, onde fica localizada a capital Kiev, e os russos avançam no sul. Mas problemas logísticos fizeram as tropas de Putin adotarem a estratégia de desgaste: bombardear incessantemente as cidades cercadas, cenário que se viu no longo cerco de Mariupol.
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