Subiu para 24 o número de mortos nos incêndios florestais que afetam a zona centro-sul do Chile desde o fim da última semana. Também foram contabilizados 997 feridos e 800 casas completamente destruídas em apenas cinco dias, segundo os relatórios oficiais divulgados neste domingo. Segundo o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, 26 dos quase mil feridos estão em estado grave. Ontem, o presidente chileno, Gabriel Boric, decretou estado de catástrofe na região.
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Favorecidos por ventos moderados e fortes e temperaturas acima de 40ºC, os incêndios devastaram cerca de 270 mil hectares em uma região localizada cerca de 500 km ao sul da capital Santiago. Na área agrícola rodeada por florestas, que foi devastada pelo fogo, as cenas são de terrenos reduzidos a cinzas, animais mortos e moradores que perderam tudo.
Na manhã deste domingo, a queda das temperaturas deu um alívio aos 5,3 mil brigadistas e bombeiros que combatem o fogo. Segundo o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), o número de focos de incêndios foi reduzido de 87 para 51.
— Estamos em uma pequena janela de melhora das condições meteorológicas entre hoje e amanhã, o que significa que não estamos com temperaturas extremas — disse Monsalve, alertando que os termômetros podem voltar a se aproximar dos 40ºC na terça-feira.
O subsecretário acrescentou que 10 pessoas foram detidas por responsabilidade no início de alguns dos incêndios.
Visita do presidente
Boric, que encurtou suas férias de verão e viajou para Nuble e Bío-Bío, epicentros dos incêndios, acompanhou o velório de uma bombeira na cidade de Coronel.
— O Chile inteiro chora com vocês. Estou aqui para lhes dizer que não estão sozinhos, que a família de Yesenia (Muñoz, bombeiro que morreu) não estará sozinha — disse o presidente.
Neste domingo, ele voltou a visitar a cidade de Concepción, a 510 km de Santiago, onde observou as áreas afetadas.