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Por Janaína Figueiredo — Brasília

A "missão secreta" enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Venezuela desembarcou em Caracas na quarta-feira para o primeiro encontro de alto nível com o chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro. O objetivo do grupo chefiado pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, é reatar uma relação cheia de nuances.

A partir de 1999, ano em que Hugo Chávez (1999-2013) assume o poder, os laços bilaterais passaram por diferentes momentos: até 2007 houve uma parceria estratégica; entre 2008 e 2012, período de maior fluxo comercial entre os dois países, a cooperação se ampliou; entre 2013 e 2015 houve retração e paralisa; e entre 2019 e 2022 ruptura, na prática.

O governo Lula quer contribuir para a recuperação plena da democracia na Venezuela e considera essencial o processo eleitoral de 2024, quando termina o mandato presidencial de Maduro, nunca reconhecido pelo governo de Jair Bolsonaro.

Nos anos de boas relações, a Venezuela foi favorecida por empréstimos do Brasil, em sua grande maioria, do BNDES. Atualmente, o país acumula uma dívida em torno de US$ 1 bilhão.

O primeiro atraso no pagamento ocorreu em setembro de 2017, após o Brasil se unir ao extinto Grupo de Lima, criado para pressionar o governo de Maduro. Desde então, a Venezuela suspendeu os pagamentos.

O dinheiro recebido pelo Estado venezuelano país foi usado em obras das companhias Odebrecht e Andrade Gutiérrez, compras de aviões da Embraer e de veículos da Marcopolo, entre outras empresas brasileiras.

Entre 2007 e 2012, a Venezuela esteve entre os três principais superávits comerciais do Brasil, sendo, em 2007, o maior. O Brasil exportava em torno de US$ 5 bilhões, e importava US$ 1 bilhão.

Nos últimos anos, o comércio despencou, e a balança comercial fechou em US$ 1 bilhão em 2022. A grande exceção foi o estado de Roraima, que viu seu comércio com a Venezuela passar de US$ 10 milhões anuais para cerca de US$ 400 milhões.

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