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Por AFP — Kiev e Washington

A Rússia tomou a Bielorrússia como um "refém nuclear", disse Kiev neste domingo, um dia depois que o presidente Vladimir Putin anunciou a implantação de armas nucleares táticas no território de seu aliado. Após as declarações, a porta-voz da Otan, Oana Lungescu, disse que "a retórica nuclear da Rússia é perigosa e irresponsável".

"O Kremlin tomou a Bielorrússia como refém nuclear", escreveu no Twitter o secretário do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksii Danilov, considerando a decisão "um passo para a desestabilização interna do país".

O governo ucraniano também pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre o tema.

Putin disse no sábado que "concordou" com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, em posicionar armas nucleares táticas na Bielorrússia. Putin justificou a decisão, alegando que os Estados Unidos fazem o mesmo na Europa.

— Não há nada incomum aqui: os Estados Unidos fazem isso há décadas: há muito tempo implantam armas nucleares táticas no território de seus aliados — disse o presidente russo em entrevista transmitida pela TV estatal.

Em resposta, neste domingo, Lungescu disse que a "Otan permanece vigilante e está monitorando a situação de perto".

— No momento, não notamos nenhuma mudança no dispositivo nuclear da Rússia que nos levasse a ajustar o nosso — afirmou a porta-voz da aliança militar ocidental, reiterando que "a referência da Rússia ao acordo nuclear da Otan é totalmente enganosa". — Os aliados da Otan estão agindo em total conformidade com seus compromissos internacionais, enquanto a Rússia violou sistematicamente seus compromissos de controle de armas, suspendendo recentemente sua participação no tratado Novo Start.]

Os EUA, por sua vez, disseram não terem "indicação" de que a Rússia transferiu armas nucleares para o aliado, ou mesmo que o presidente russo "esteja se preparando para usar tais dispositivos na Ucrânia".

— Não temos nenhuma indicação de que ele cumpriu seu compromisso ou que as armas nucleares foram transferidas — disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, à rede CBS.

Lukashenko, no poder há quase 30 anos, é um importante aliado da Rússia e, em fevereiro de 2022, permitiu que o Kremlin usasse seu território para invadir a vizinha Ucrânia.

Desde então, teme-se que a Bielorrússia se una à ofensiva na Ucrânia, mas Lukashenko respondeu que só o faria se seu país fosse atacado. Segundo Danilov, o anúncio feito pelo presidente russo "maximiza o nível de percepção negativa" de Putin e Moscou "na sociedade bielorrussa".

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