Mundo
PUBLICIDADE

Por AFP — Nova Délhi

O líder da oposição indiana, Rahul Gandhi, condenado por difamação contra o primeiro-ministro Narendra Modi, foi expulso do Parlamento, anunciou a instituição nesta sexta-feira.

"Rahul Gandhi está desqualificado como membro da Lok Sabha [Câmara Baixa] a partir da data de sua condenação", disse o Parlamento em nota.

O político de 52 anos lidera o Partido do Congresso, formação mais antiga da Índia e que teve papel fundamental no fim da colonização britânica no final da década de 1940, embora tenha entrado em declínio na década passada com a fulminante ascensão do nacionalismo hindu de Modi e as lutas internas que o enfraqueceram.

A decisão da Câmara Baixa ocorre um dia depois de Rahul Gandhi ser considerado culpado de difamação por um comentário feito durante a campanha de 2019, na qual chamou Modi de "ladrão".

O governo de Modi, um hindu nacionalista no poder desde 2014, é amplamente criticado por usar procedimentos judiciais para silenciar os críticos.

— Rahul Gandhi tem falado destemidamente dentro e fora do Parlamento. Está claro que ele está pagando o preço — disse o porta-voz do Partido do Congresso, Abhishek Manu Singhvi, à imprensa.

O líder da oposição foi condenado a dois anos de prisão, mas não irá para o cárcere por 30 dias enquanto seus advogados recorrem. Diante do tribunal, Rahul disse que queria "denunciar a corrupção no país" sem tentar insultar ninguém, segundo sua defesa.

O Parlamento decidiu expulsá-lo da Câmara sem esperar pelo resultado do processo da apelação. Rahul é alvo de outros dois processos por difamação.

Rahul, que não tem vínculos familiares com o líder independentista Mahatma Gandhi, é de uma família tradicional de políticos que governou a Índia por boa parte da segunda metade do século XX. Ele é bisneto de Jawaharlal Nehru, o outro líder histórico do movimento pela independência que se tornou o primeiro premier do país, entre 1947 e 1964. Sua avó Indira Gandhi, filha de Nehru, governou entre 1966 e 1977 e depois entre 1980 e 1984, quando foi assassinada por guarda-costas sikhs. E seu tio Rajiv sucedeu a avó, governando até 1989, sendo por sua vez também assassinado por um terrorista tamil em 1991, quando liderava a oposição.

Mais recente Próxima Herói de 'Hotel Ruanda', Paul Rusesabagina deixará prisão neste sábado

Inscreva-se na Newsletter: Guga Chacra, de Beirute a NY

Mais do Globo

A decisão do candidato da oposição de deixar a Venezuela por temer pela sua vida e pela da sua família ocorreu depois de ter sido processado pelo Ministério Público por cinco crimes relacionados com a sua função eleitoral

Saiba como foi a fuga de Edmundo González, candidato de oposição da Venezuela ameaçado por Nicolás Maduro

Cidade contabiliza 21 casos desde 2022; prefeitura destaca cuidados necessários

Mpox em Niterói: secretária de Saúde diz que doença está sob controle

Esteve por lá Faisal Bin Khalid, da casa real da Arábia Saudita

Um príncipe árabe se esbaldou na loja da brasileira Granado em Paris

Escolhe o que beber pela qualidade de calorias ou pelo açúcar? Compare a cerveja e o refrigerante

Qual bebida tem mais açúcar: refrigerante ou cerveja?

Ex-jogadores Stephen Gostkowski e Malcolm Butler estiveram em São Paulo no fim de semana e, em entrevista exclusiva ao GLOBO, contaram como foi o contato com os torcedores do país

Lendas dos Patriots se surpreendem com carinho dos brasileiros pela NFL: 'Falamos a língua do futebol americano'

Karen Dunn tem treinado candidatos democratas à Presidência desde 2008, e seus métodos foram descritos por uma de suas 'alunas', Hillary Clinton, como 'amor bruto'

Uma advogada sem medo de dizer verdades duras aos políticos: conheça a preparadora de debates de Kamala Harris

Simples oferta de tecnologia não garante sucesso, mas associada a uma boa estratégia pedagógica, mostra resultados promissores

Escolas desconectadas

O mito do macho promíscuo e da fêmea recatada surgiu de uma especulação de Charles Darwin para explicar a cauda dos pavões

Sexo animal

Cuiabá tem o maior tempo médio de espera, com 197 dias para o paciente ser atendido; e Maceió, o menor, com 7,75 dias

Fila para consulta médica no SUS dura mais de 1 mês em ao menos 13 capitais; tema vira alvo de promessas eleitorais