Milhares de pessoas foram às ruas de Praga, na República Tcheca, neste sábado, em protesto contra o governo. Os manifestantes exigiam o fim do apoio militar do país à Ucrânia, em guerra com a Rússia há mais de um ano. A população também se mostrou insatisfeita com a economia, por conta da alta na inflação e os níveis elevados de pobreza.
A República Tcheca vem lutando contra índices recordes de inflação desde 2022, principalmente por conta do aumento nos preços da energia causado pelo conflito bélico no Leste Europeu. Em fevereiro, a inflação anual na União Europeia e no estado membro da OTAN de 10,5 milhões de pessoas atingiu 16,7%.
A manifestação deste sábado, intitulada de "Tcheca contra a pobreza", foi organizada por uma nova legenda política.
— Nós nos reunimos aqui hoje para tomar uma posição contra esta pobreza — disse Jindrich Rajchl, advogado que lidera o partido não parlamentar PRO, à multidão no centro da Praça Venceslau.
Os manifestantes pediram a renúncia do governo de centro-direita de Petr Fiala, enquanto Rajchl afirmava querer líderes que "se preocupassem primeiro com os interesses dos cidadãos tchecos".
Os críticos acusam o governo de Fiala de se importar mais com a Ucrânia, com o envio substancial de ajuda militar e humanitária ao país devastado pela guerra desde o início da invasão em fevereiro do ano passado.
Nas ruas da capital, a população também criticou a OTAN, com a mídia tcheca relatando que um manifestante com um alto-falante convocou a multidão a derrubar uma bandeira ucraniana do prédio do Museu Nacional no topo da Praça Venceslau.
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