O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, viajou para a Ucrânia para uma visita surpresa. Kishida se encontrará com o presidente Volodimir Zelensky nesta terça-feira, informou o Ministério das Relações Exteriores do Japão. A ida de Kishida não é aleatória, ocorre no momento em que o presidente chinês, Xi Jinping, está em Moscou, em visita de apoio ao presidente russo, Vladimir Putin, tendo o conflito na Ucrânia na agenda.
Kishida "transmitirá diretamente ao presidente Zelensky o respeito pela coragem e perseverança do povo ucraniano que, sob sua liderança, se ergueu para defender sua pátria, bem como a solidariedade e forte apoio à Ucrânia por parte do Japão e do G7, presidido pelo Japão", divulgou o ministério, em um comunicado.
O chefe de governo japonês foi chamado para visitar a Ucrânia como anfitriã da cúpula do G7 deste ano. Kishida foi o único líder do grupo das sete maiores economias do mundo que ainda não tinha visitado o país depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, fez uma visita surpresa para se encontrar com Zelensky, em fevereiro.
- Estratégia contra a China: Biden e premier do Japão modernizam aliança militar
A rede nacional NHK disse que seus jornalistas na Polônia filmaram um carro com o primeiro-ministro na cidade de Przemysl, de onde outros governantes estrangeiros pegaram o trem para a Ucrânia.
"A comitiva entrou na estação de Przemysl e estacionou em frente à plataforma usada por trens internacionais com destino à Ucrânia. O primeiro-ministro Kishida desembarcou do primeiro veículo da carreata e embarcou no último vagão do trem", acrescentou a NHK.
- De olho em Pequim: EUA e Japão estendem ao espaço seu tratado de segurança e defesa
O mundo em imagens nesta segunda-feira
O Japão anunciou uma oferta de ajuda financeira de US$ 5,5 bilhões à Ucrânia em fevereiro, depois de fornecer ajuda humanitária de emergência e outros tipos de assistência. Mas até agora não houve oferta de apoio militar, uma vez que a constituição pacifista do país limita a ação de suas forças armadas a tarefas defensivas.
Kishida alertou, em um discurso no ano passado, que "a Ucrânia de hoje pode ser o Leste da Ásia de amanhã", em meio a preocupações de que a China invada Taiwan, uma ilha autônoma que Pequim considera parte de seu território.
Inscreva-se na Newsletter: Guga Chacra, de Beirute a NY