Depois de uma agenda intensa pela manhã e no início da tarde em Brasília, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, chegou ao Palácio do Alvorada, por volta das 17h, onde terá encontro reservado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A visita de Lavrov ao Brasil acontece em meio à guerra da Ucrânia, e após declarações de Lula polêmicas sobre o conflito, ao dizer que a Ucrânia também é responsável pela confronto. A declaração fez com que a União Europeia (UE) respondesse ao presidente brasileiro.
As últimas declarações de Lula também incomodaram a integrantes do governo americano, cujas percepções são de que o Brasil tem adotado um tom aberto contra Washington e de alinhamento a Moscou e Pequim.
Mais cedo, Lavrov, chegou ao Itamaraty por volta das 10h30 para encontro com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. Além da guerra na Ucrânia, a expectativa era que eles conversassem sobre a abertura do mercado russo de carnes e produtos agrícolas para o Brasil e fornecimento de fertilizantes.
Após uma reunião que durou cerca de duas horas e meia,Vieira e Lavrov criticaram as sanções econômicas aplicadas contra Moscou por nações ocidentais, como as da União Europeia e (UE) os Estados Unidos. Segundo Lavrov, os dois países têm visões similares em relação ao que acontece no Leste Europeu.
O governo brasileiro se colocou à disposição para ajudar a costurar um acordo de paz e tem defendido a cessação imediata de ataques e hostilidades. Lula tratou do tema durante visitas à China e aos Emirados Árabes Unidos. O presidente disse que é preciso que os Estados Unidos "parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz". Em outra declaração, afirmou que a Ucrânia também foi responsável pela decisão de entrar em guerra com a Rússia.
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