O Conselho de Direitos Humanos da ONU exigiu na terça-feira que a Rússia permita que organizações internacionais visitem crianças e outros civis “que foram deportados à força” da Ucrânia para territórios controlados por Moscou.
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A resolução, aprovada nesta terça-feira, pede à Rússia que “cesse a transferência forçada ilegal e a deportação de civis e outras pessoas protegidas dentro da Ucrânia ou da Federação Russa [...], em particular crianças, incluindo aquelas sob custódia de instituições, desacompanhadas e separados” de suas famílias.
Nesta segunda-feira, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) calculou, nesta segunda-feira, em US$ 2,6 bilhões (R$ 13,1 bilhões) o valor da destruição causada pela guerra na Ucrânia em patrimônios e no setor cultural do país.
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Ao todo, 248 monumentos foram danificados desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, sendo que alguns deles foram completamente destruídos, sobretudo no Leste, segundo o órgão da ONU. A ofensiva russa também provocou o colapso do turismo, das artes, do esporte, do lazer e da indústria cultural, entre outros, cujas perdas seriam de pelo menos US$ 15,1 bilhões (R$ 16,7 bilhões), segundo a Unesco.
A diretora-geral da entidade, Audrey Azoulay, que viajou nesta segunda-feira para a Ucrânia, anunciou um apoio a Kiev para a elaboração de "um plano nacional de reconstrução do setor cultural".
De acordo com Audrey, serão necessários US$ 6,9 bilhões (R$ 34,9 bilhões) para reconstruir e “relançar” o setor na Ucrânia. Sete sítios culturais e um natural do país estão nas listas de Patrimônio Mundial da Unesco, incluindo o centro histórico de Odessa (Sudoeste), tombado desde janeiro.
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