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O disparo de um “novo tipo” de míssil balístico pela Coreia do Sul na quinta-feira provocou medo na ilha de Hokkaido, ao norte do Japão. O sistema de alerta de emergência do governo avisou os moradores para se protegerem porque havia a possibilidade do projétil atingir o local ou algo próximo a ele.
Momentos mais tarde, a ordem de evacuação foi suspensa e as autoridades confirmaram que o míssil caiu no mar ao leste da península coreana. Algumas pessoas que estavam no local quando as sirenes tocaram, porém, registraram o ocorrido.
No Twitter, o perfil de uma loja de carros da ilha publicou um vídeo em que é possível ouvir o alerta disparado na região. Na legenda, escreveu: “míssil assustador”.
A Coreia do Norte iniciou uma onda de testes de armamentos no último ano, quando a Coreia do Sul e os Estados Unidos estreitaram as relações militares. Pyongyang afirma ter realizado testes com dois mísseis balísticos intercontinentais e outros dois drones submarinos com capacidade nuclear.
Na segunda-feira, o líder norte-coreano Kim Jong Un participou de uma reunião da Comissão Militar Central para discutir formas de “lidar com os movimentos de intensificação dos imperialistas americanos e das marionetes traidoras da Coreia do Sul para lançar uma guerra de agressão”, informou a agência de notícias norte-coreana KCNA.
O último teste é provavelmente uma tentativa do Norte de “pressionar o Sul e os EUA por seus exercícios militares conjuntos”, disse à AFP Choi Gi-il, professor de estudos militares na Universidade Sangji. Na terça-feira, Seul acusou a Correia do Norte de ser “irresponsável” por cortar a linha direta de contato entre os dois países, na semana passada.
De acordo com o Ministério da Unificação sul-coreano, Pyongyang não respondeu desde sexta-feira a ligações feitas por meio da linha direta de contato militar ou do canal de ligação intercoreana.
— Com os norte-coreanos não atendendo o telefone, a falta de linhas diretas de contato e diplomacia aumenta o risco de uma escalada não intencional [na península] — alertou Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha, em Seul.
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