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Por Julian Barnes, Helene Cooper, Thomas Gibbons-Neff, Michael Schwirtz e Eric Schmitt, The New York Times — Washington

Documentos vazados do Pentágono revelam que os serviços de inteligência da Rússia são alvos de uma ampla ação de espionagem americana, informou o New York Times neste sábado. A ação seria responsável por, entre outras coisas, avisar Kiev sobre possíveis ataques de Moscou e as atuais condições da máquina de guerra russa.

Os documentos — com informações de fevereiro e março deste ano que foram primeiro divulgados nas redes sociais — retratam uma Rússia que enfrenta dificuldades na invasão à Ucrânia, com um Exército esgotado e aparato militar profundamente comprometido. Há ainda registros de avisos em tempo real sobre a programação de ataques de Moscou e seus alvos, o que tem sido crucial para a defesa ucraniana.

Os relatórios dos serviços secretos indicam que os Estados Unidos também estão espionando as principais lideranças militares e políticas da Ucrânia. De acordo com o vazamento, os EUA têm uma visão mais clara das operações russas do que do planejamento do seu aliado.

Oficiais e ex-oficiais afirmam que ainda é cedo para saber a extensão dos danos causados pelo vazamento de sábado. No entanto, caso a Rússia seja capaz de determinar como os EUA estão colhendo informações e interromper o fluxo, isso poderia ter um efeito significativo no campo de batalha.

Segundo analistas, é provável que o documento tenha cerca de 100 páginas. Repórteres do New York Times tiveram acesso a metade do conteúdo, feito por meio de fotos tiradas apressadamente de um relatório impresso.

Centenas de funcionários do governo dos EUA com autorização de segurança recebem frequentemente tais documentos através de e-mails diários, disse uma fonte interna, apontando que os e-mails podem ser encaminhados para outras pessoas. Encontrar os responsáveis pelo vazamento, dessa forma, será uma tarefa difícil.

Segundo o documento, os russos sofreram 189.500 a 223 mil baixas, incluindo até 43 mil mortos em combate. Antes, as autoridades americanas estimaram cerca de 200 mil soldados russos que vieram a óbito.

Embora os funcionários dos EUA sejam mais discretos sobre as perdas ucranianas, o relatório revela que Kiev sofreu cerca de 100 mil baixas. Segundo estimativas aproximadas presentes no documento, até fevereiro deste ano, entre 124.500 a 131 mil combatentes ucranianos morreram, entre eles 17.500 em batalhas.

O relatório também mostra que quase todos os serviços de segurança russos são, em algum nível, espionados pelos Estados Unidos. Por exemplo, em um dos registros, marcado como ultrassecreto, discute-se os planos do Estado-Maior russo para combater os tanques enviados à Ucrânia por países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), incluindo a criação de diferentes "zonas de fogo" e o início do treinamento de soldados russos sobre as vulnerabilidades do armamento.

Oficiais ucranianos alegam que os documentos do Pentágono vazados foram alterados ou falsificados. Em uma postagem no Telegram, Mykhailo Podolyak, conselheiro do Gabinete da Presidência da Ucrânia, disse que o vazamento de informações busca semear a desconfiança entre aliados de Kiev.

Outra parte do relatório dá detalhes sobre dados da Rússia que poderiam ser usados pela Ucrânia em sua defesa. Em uma das espionagens registrados, estão os planos de ataques a mísseis em 3 de março contra as tropas ucranianas em Odessa e Mykolaiv, cujos objetivos seriam destruir uma área de armazenamento de drones, além de armas de defesa aérea e matar soldados.

No final de março, a Rússia confirmou ter destruído um hangar de drones ucranianos perto de Odessa. No mesmo período, analistas militares independentes disseram que Moscou atacou Mykolaiv e outras cidades ucranianas, mas a ação foi vista na época como parte do planejamento usual da guerra.

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