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Por Marcelo Ninio — Pequim

Os Estados Unidos precisam parar de incentivar a guerra para que possa haver uma solução à crise na Ucrânia, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã deste sábado em Pequim (noite de sexta no Brasil). A declaração foi dada pouco antes de Lula embarcar para os Emirados Árabes, ao fim de uma visita de dois dias à China.

— É preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz. É preciso que a União Europeia comece a falar em paz, para a gente poder convencer Putin e Zelensky que a paz interessa a todo mundo e que a guerra por enquanto só está interessando aos dois.

Lula disse que não teme uma reação negativa dos EUA a sua posição sobre a guerra.

— Não há nenhuma razão para isso. Quando eu vou conversar com os Estados Unidos eu não fico preocupado com o que a China vai pensar da minha conversa com os Estados Unidos. Eu estou conversando sobre os interesses soberanos do meu país. Quando eu venho conversar com a China eu não estou preocupado com o que os Estados Unidos vão pensar — disse o presidente. — É assim que fazem os Estados Unidos, é assim que faz a China, e é assim que fazem todos os países, cada um negocia em defesa da sua soberania e da melhoria de vida de seu povo. É isso o que vim fazer aqui e eu saio muito satisfeito.

Sobre sua conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, Lula afirmou que a relação bilateral está ultrapassando a fase em que havia foco apenas no comércio. Os interesses do Brasil tornaram-se mais amplos, incluem a questão digital, trocas acadêmicas e a transição energética, afirmou. O Brasil precisa ampliar o acesso à banda larga para ter mais mais conectividade em escolas e outros setores, e a associação com empresas pode ajudar nisso, disse o presidente. Ele negou que a aproximação com a China seja movida por uma preferência ideológica.

— Saio satisfeito porque senti uma extrema vontade do presidente Xi Jinping e dos ministros nessa interação com o Brasil. A nossa relação estratégica vai se aperfeiçoando cada vez mais e nós não precisamos romper e brigar com ninguém para que a gente melhore. O Brasil tem que procurar os seus interesses para o que é necessário e fazer acordos possíveis com todos os países. Nós não temos escolhas políticas ou ideológicas, nós temos a escolha do interesse nacional, interesse do povo brasileiro, interesse da indústria nacional, da nossa soberania.

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