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Por AFP — Paris

Centenas de tibetanos manifestaram-se, neste sábado (22), em Paris, em apoio ao Dalai Lama, que foi duramente criticado nas redes sociais após a divulgação de um vídeo que, segundo os seus defensores, foi mal interpretado e explorado pela "propaganda chinesa".

“Deixem de difamar sua santidade!”, “Parem a propaganda chinesa”, clamaram os participantes do ato.

A concentração foi realizada em frente à sede da France Télévisions para denunciar “os meios de comunicação e as redes de televisão que não fizeram seu trabalho de jornalistas e reproduziram a propaganda chinesa”, de acordo com um porta-voz da comunidade tibetana.

Os manifestantes, incluindo muitas famílias com crianças, empunhavam bandeiras tibetanas e retratos do Dalai Lama, líder espiritual tibetano.

O protesto foi convocado por seis associações em resposta às reações hostis que surgiram após a divulgação do vídeo, no qual o Dalai Lama, de 87 anos, pede em inglês a uma criança para "chupar" sua "língua", antes de mostrá-la, provocando risos entre os presentes.

O vídeo foi gravado em 28 de fevereiro, durante uma audiência do Dalai Lama em McLeod Ganj, um subúrbio de Dharamsala, no norte da Índia, onde o líder espiritual vive exilado desde o fracasso da rebelião tibetana de 1959 contra o poder comunista chinês.

O líder budista se desculpou posteriormente com o menino e sua família e explicou via Twitter que “costuma brincar com as pessoas que conhece de forma inocente e lúdica, mesmo em público e diante das câmeras”.

A comunidade tibetana exilada na França considerou que houve "uma interpretação equivocada do vídeo" e lamentou a circulação de "fatos descontextualizados", que "entristeceram profundamente e feriram a comunidade tibetana na França e em todo o mundo".

Professora da universidade francesa Inalco (Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais), Fraçoise Robin disse à AFP que foi “uma brincadeira”.

— Os tibetanos têm uma expressão: 'coma minha língua', que vem de um jogo entre crianças e adultos: quando as primeiras pedem dinheiro ou um doce e os adultos já não têm nada para dar, eles dizem: 'coma minha língua —, explicou.

“Captamos muito mal a dor que essa manipulação causou nos tibetanos”, para quem o Dalai Lama é “sua esperança e seu orgulho”, acrescentou a acadêmica.

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