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Por Gian Amato, especial para O Globo — Lisboa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pousou na Base Aérea Militar de Figo Maduro, em Lisboa, nesta sexta-feira por volta das 10:49 ( 6:40 no horário de Brasília). A previsão inicial era que o avião presidencial deixasse Brasília na manhã desta sexta-feira para dar início a uma agenda de compromissos no sábado, mas a partida foi antecipada para a noite de ontem. Assim, o primeiro dia do petista na capital portuguesa não tem compromissos oficiais, assim como no domingo.

Com uma comitiva de 22 veículos, Lula seguiu direto para o Hotel Tivoli, na Avenida Liberdade, centro da capital portuguesa, onde poucas pessoas aguardavam na porta o presidente. O chefe de Estado brasileiro seguiu direto para o saguão.

"Teremos uma agenda de governo entre nossos países esse fim de semana, com a previsão de assinatura de pelo menos 13 acordos", tuitou a conta oficial do presidente após o desembarque.

A cerimônia oficial de boas-vindas com honras militares está programada para amanhã às 10h30 de Lisboa (6h30 no Brasil), na Praça do Império. O local foi reformado recentemente e manteve os polêmicos brasões que exaltam o antigo império português.

A primeira declaração de Lula à imprensa está prevista também para sábado, por volta do meio-dia do horário local (8h no Brasil). Depois será recebido no Palácio de Belém pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Ainda no sábado, Lula se reunirá com o primeiro-ministro António Costa e participará da reunião plenária Cimeira Luso-brasileira. No fim do dia, depois de assinar acordos bilaterais em diversas áreas, incluindo o reconhecimento de diplomas universitários entre os dois países, está prevista uma segunda declaração à imprensa.

Segundo fontes diplomáticas, Lula e parte da comitiva brasileira pretendem fazer reuniões internas no próprio hotel para acertar detalhes finais dos acordos que serão assinados durante a retomada da Cúpula Luso-Brasileira, interrompida em 2016. Além de pactos de imigração, atos com peso simbólico serão assinados pelas ministras Margareth Menezes, da Cultura, e Anielle Franco, da Igualdade Racial.

Segundo o governo, Menezes deverá assinar um tratado de cooperação para o fomento à coprodução cinematográfica e anunciará o retorno do Brasil ao Programa CPLP Audiovisual, além de participar da entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque. Franco pretende "firmar declarações de intenção de cooperação internacional entre Portugal e Brasil e também entre Espanha e Brasil no combate e superação do racismo".

Possíveis tensões

Está é a primeira viagem oficial de um chefe de Estado brasileiro a Portugal desde que Jair Bolsonaro, que nunca esteve no país, assumiu a Presidência da República em 2018. Também será a primeira viagem de Lula à Europa em seu terceiro mandato, depois de ter passado por Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China e Emirados Árabes Unidos.

A viagem terá ao menos um provável momento tenso na terça-feira, 25, quando apoiadores liderados pelo núcleo em Lisboa do Partido dos Trabalhadores (PT) e opositores anunciaram protestos na mesma hora e local: em frente ao Parlamento, onde Lula será recebido em sessão solene.

Inicialmente, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, disse que Lula iria fazer um discurso no Parlamento na sessão solene do 25 de Abril, data da Revolução dos Cravos, que depôs o regime ditatorial do país em 1974.

O anúncio do chanceler português havia sido feito sem a aprovação dos líderes partidários, como determina o regimento da Casa, e provocou forte reação de parlamentares da esquerda à extrema direita. Lula seria o primeiro chefe de Estado estrangeiro a discursar na solenidade.

Após o anúncio de manifestações dentro do chamado Hemiciclo, Lula desistiu de participar como convidado da sessão, mas irá à sessão solene de boas-vindas. A polícia e o Ministério da Administração Interna estão atentos para evitar possíveis incidentes. O presidente seguirá para Madri no mesmo dia.

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